Parauapebas, Canaã dos Carajás e Marabá
estão fora da lista dos dez municípios críticos em desmatamento da Floresta
Amazônica divulgados pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia
(Imazon) em abril. Nessas três cidades, há unidades de conservação da floresta,
que são protegidas e fiscalizadas pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade
(ICMBio) com o apoio da Vale.
Em Parauapebas, cerca de 80% do
território é composto pelas Unidades de Conservação da Floresta Nacional de
Carajás (Flonaca) e pelo Parque Nacional dos Campos Ferruginosos (Parna). Em
Canaã, essas duas unidades, que também abrangem o município, ocupam 44% do
território da cidade. Em Marabá, está localizada a unidade: Floresta Nacional
Tapirapé-Aquiri. As unidades de conservação são instituídas pelo Governo
Federal e convênio entre a Vale e o órgão
ambiental define as condições necessárias para a adequada proteção.
"É um conjunto de ações, como a
vigilância 24 horas, combate ao incêndio e a recuperação de áreas que a empresa
realiza sob gestão do ICMBio, que contribuem para que municípios no território
onde a Vale opera alcancem resultados significativos como esse de conservação
ambiental", diz o gerente de Meio Ambiente da Vale, Leonardo Neves.
Em Carajás, a Vale mantém equipe com 100
vigilantes ambientais em apoio ao ICMBio, que monitoram 24 horas a floresta ao
longo dos sete dias da semana. Em 2020, a equipe de guardas florestais realizou
o total de 9.835 patrulhamentos a pé, de carro e de barco para proteção das
unidades de conservação de Carajás. Com a atuação, foram impedidas 494
ocorrências envolvendo à garimpagem ilegal, com alguns dias chegando a
ocorrerem quatro ações por mês. Foram apreendidos 424 materiais entre armas de
fogo, apetrechos para garimpagem e munições. Atividades para impedir a caça,
pesca predatória e a entrada de intrusos chegaram a ocorrer uma ação por semana.
O suporte técnico e financeiro fornecido
pela Vale ao ICMbio faz parte também do licenciamento ambiental para a
atividade de mineração legal em unidades de conservação. O ICMBio define um
plano de conservação conforme o perfil das UCs. No caso, das unidades Floresta
Nacional de Carajás e da Floresta Nacional Tapirapé-Aquiri são permitidos o uso
sustentável dos recursos e a mineração conforme as leis ambientais e
prerrogativas definidas pelo órgão. Já nas unidades de proteção integral, como
o Parque dos Campos Ferruginosos são apenas permitidas atividades de educação
ambiental como turismo ecológico, educação ambiental e estudos científicos e
nenhuma atividade econômica.
O último boletim do desmatamento
divulgado pelo Imazon em abril trouxe entre os municípios críticos, cidades do
PA, Rondônia, Roraima e Mato Grosso. Na ordem do ranking, em primeiro lugar em
desmatamento está Altamira (PA), seguido de Novo Progresso (PA), Apuí (AM), São
Félix do Xingu (PA), Itaituba (PA), Nova Bandeirantes (MT), Juara (MT), Lábrea
(AM),Candeias do Jamari (RO) e em décimo lugar, Rorainópolis (RR).
Também está em fase de elaboração uma
plataforma que permitirá, com uso de inteligência artificial, identificar áreas
de risco antes que o desmatamento ocorra. O projeto é do Imazon, Microsoft e
Fundo Vale. O lançamento da plataforma está previsto para junho.