Deu no blog http://uruatapera.blogspot.com.br,
da jornalista Franssinete Florenzano
“A publicitária Melissa Barra foi com o
marido, Arthur, ao Theatro da Paz assistir à peça "Histeria", ontem à
noite. O casal se acomodou na plateia. O espetáculo começou às 18h30, e o que
deveria ter sido um programa cultural leve e divertido quase se transforma em
tragédia, tudo por conta da falta de civilidade dos que não conseguem se
deleitar com a arte mesmo em um verdadeiro templo como é o lindo TP. Dez
minutos depois de começar a peça despencou - de uma altura de seis metros - um
celular na cabeça de Melissa, cuja visão escureceu e, quando ela levantou a
cabeça, estava coberta de sangue. Seu marido a retirou da plateia e começou a
gritar por ajuda. Os funcionários do teatro acudiram, colocaram-na sentada numa
cadeira no hall de entrada e limparam seu rosto com papel toalha, enquanto
aguardavam uma ambulância.
Nesse ínterim, a dona do celular, Miss
Mocajuba, candidata ao Miss Pará, desceu de seu camarote e, sem prestar socorro
ou manifestar qualquer preocupação com o que tinha causado, exigiu o
smartphone, que tinha sido guardado pelo marido da vítima como forma de
identificar a autora da lesão corporal. Arthur disse que só devolveria quando
ela mostrasse sua identidade.
A bonita não quis se identificar e chamou um
homem que, apresentando-se como coordenador do Miss Pará, desceu até o hall,
ofendeu Melissa e Arthur, dizendo que ela estava fazendo teatro e deveria ficar
no palco e, quando a ambulância chegou, protagonizou o maior barraco: arrancou
a camisa e torceu o pé de Arthur, não deixava a ambulância sair, e dois
policiais militares sentados na praça da República assistiam a tudo sem mover
um músculo, até que o médico da ambulância interveio e gritou pelos dois, só
então conseguiram o RG da miss e puderam ir embora.
Melissa foi levada para o hospital da
Unimed, fez tomografia, levou pontos na cabeça e o traumatologista falou que,
se tivesse sido atingida três centímetros mais para trás, sofreria grave
traumatismo craniano e, fosse numa criança, teria ido a óbito. Ela já registrou
BO e foi submetida a exame de corpo de delito. Testemunhas não faltam.
Os artistas e a direção do teatro são
incansáveis em mensagens educativas, pedindo que todos guardem seus celulares.
Não bastasse o incômodo dos toques, as conversas inconvenientes e os flashes
indevidos, agora até risco de morte os frequentadores correm, pela barbárie dos
que não têm um mínimo de educação e bom senso”.