Um guindaste com
capacidade para sustentar até 100 toneladas foi instalado na madrugada desta
terça-feira (19) sob a passarela localizada no quilômetro 3 da BR-316, que
recebeu a indicação de interdição pela Defesa Civil no último dia 15. O prazo
imposto à Secretaria de Estado de Transportes (Setran) para interditar o
equipamento terminou na noite de ontem e a decisão inicial dos técnicos do
órgão foi de instalar semáforos e sinalizar a área com faixa de pedestres para
permitir a transposição em nível. Mas não houve tempo hábil para isso.
“Partimos para
outra estratégia que garantisse a estabilidade da estrutura com a utilização de
um guindaste de 100 toneladas, que vai segurar a estrutura para que possamos
construir uma passarela nova, em um prazo de até 60 dias”, explicou o titular
da Setran, Kleber Menezes, que estará à frente da operação. A decisão foi
endossada por técnicos da Defesa Civil. “Dessa forma, evitamos a interdição da
passarela”, argumentou.
De acordo com o
secretário, que é engenheiro mecânico e responsável pela estratégia adotada
nesta ação, o guindaste possui a mesma função de um pilar de sustentação.
“Optamos por não colocar um pilar para evitar que uma faixa da BR-316 fosse
interditada, causando transtornos no trânsito. Preferimos apoiar por cima, com
o auxílio do guindaste, que possui quatro cintas de aço, com capacidade para
suportar uma carga de até 20 toneladas, sendo que a estrutura que apresenta
risco pesa 16 toneladas”, informou o gestor.
A Defesa Civil
interditou a passarela da meia noite da segunda-feira até 1h30 da madrugada de
hoje, para a instalação do guindaste. Segundo o major Alfaro, do Corpo de
Bombeiros Militar de Ananindeua, “Esta foi a decisão mais acertada, pois causa
o mínimo de impacto à mobilidade da população. Fizemos uma interdição
temporária e a desinterdição logo após a instalação do guindaste”.
Para o
coordenador de Operações do Detran, Walmero Costa, o trecho em questão requer
atenção redobrada. “Estamos dando suporte às ações da Polícia Rodoviária
Federal, que ainda é responsável pelo policiamento de trânsito da área, mas,
também manteremos uma equipe no local. Pelo o que pudemos observar até o
momento, o fluxo de veículos está dentro normalidade.”
Algumas medidas
auxiliares serão adotadas, e já começaram nesta madrugada com a retirada da
estrutura de suporte do piso e dos tirantes (nome da peça que se desprendeu),
ao longo de toda a extensão da passarela, eliminando, assim, o risco eventual
de novos colapsos. O trabalho foi feito pela empresa Oyamota do Brasil, que
está sendo contratada para construir a nova passarela, com a ajuda de uma
plataforma.
Outra medida que
será adotada imediatamente é a contratação – emergencial ou por licitação, de
acordo com parecer jurídico – da recuperação estrutural integral de todas as
outras cinco passarelas danificadas. “O aspecto visual é muito feio. Muitas
estão boas estruturalmente, mas é nosso dever dar manutenção geral em todas
elas”, finalizou Kleber Menezes.