Após o sucesso da primeira edição, o 2º
Festival do Cavalo Marajoara traz a categoria feminina na prova do enduro do
cavalo como novidade. A previsão é que 20 vaqueiras e 100 vaqueiros cruzem a
largada em Cachoeira do Arari para cumprir o percurso de 160 quilômetros da
prova até a linha de chegada, em Soure. O evento, que ocorre entre os dias 29 e
30 de setembro, resgata a tradição e cultura da região marajoara e deve levar
cerca de 20 mil visitantes ao município de Soure.
O enduro do cavalo marajoara é a prova
mais esperada, com largada e chegada em municípios diferentes e duração de dois
dias. O cenário é uma atração à parte, com fazendas, campos abertos,
“terruadas” - buracos formados pelas pisoteadas de cavalos e búfalos no período
de transição da chuva para o tempo mais seco, búfalos e o clima quente e úmido.
Em 2017, 82 vaqueiros participaram do enduro e somente 20 cruzaram a linha de
chegada.
“É um evento que mexe com a cultura do
povo marajoara, um momento de confraternização que envolve moradores e seus
familiares. A prova do enduro foi tão bem aceita, que foi necessário criar uma
categoria feminina na disputa”, afirmou Guto Gouveia, prefeito de Soure.
Outras sete modalidades tradicionais e
não-tradicionais compõem a programação. Esportes que fazem parte do cotidiano
dos moradores da ilha como a luta marajoara, corrida de búfalos, provas de sela
rápida, corrida de argolinha, corrida de cavalo, enduro de ciclismo, além de
demonstração de uma modalidade peculiar: o basquete a cavalo.
O Festival congrega os municípios
vizinhos de Cachoeira do Arari, Salvaterra, Santa Cruz do Arari e Soure. A
idealização e realização do evento são da prefeitura de Soure com apoio do
Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel).
“A competição atrai muitos turistas por
ter provas incomuns, que coloca à prova, tanto a resistência dos cavalos e dos
cavaleiros marajoaras, quanto aos ciclistas que cruzam os campos. Isso faz com
que os municípios envolvidos tornem-se conhecidos no restante do país, além de
possibilitar ao público conhecer as belezas naturais da Amazônia”, frisou
Cláudia Moura, titular da Seel.
Na última edição, o evento reuniu 250
participantes e mais de 10 mil pessoas acompanharam a programação de perto, o
que movimentou a economia e turismo local.