Os servidores do Departamento Estadual de
Trânsito (Detran/PA) farão uma nova paralisação das atividades na próxima
sexta-feira, 28/09, com uma grande manifestação contra a má gestão e a
corrupção em que será lavada com água e sabão a calçada do Detran. O ato será
em frente ao prédio sede do órgão, na Avenida Augusto Montenegro, das 9 às 11
horas da manhã. A decisão foi tomada durante a assembleia geral realizada pelo
Sindicato dos Trabalhadores de Trânsito do Estado do Pará (Sindtran), na manhã
desta segunda-feira, 24, no estacionamento do Detran.
Na assembleia, a categoria não avaliou o
indicativo de greve que aconteceria entre os dias 27 deste mês e 5 de outubro,
pois entendeu que não adianta negociar com o governo de Simão Jatene.
O presidente do Sindtran, Élison
Oliveira, informou que, com essa paralisação, o sindicato encerra a campanha
salarial de 2018: "Estamos encerrando as tentativas de negociação com este
governo, que foram iniciadas em fevereiro deste ano. Fizemos 29 dias de greve,
três tentativas de conciliação na Justiça e várias manifestações, mas o governo
se manteve intransigente, insensível frente à crescente violência no trânsito e
não negociou. Manteve os contratos milionários de serviços terceirizados, não
investiu em melhorias na infraestrutura do Detran e nem demonstrou interesse em
preencher os 800 cargos vagos no órgão."
Na paralisação, a intenção é manter apenas 30% do efetivo no atendimento ao público em
todo o estado. Servidores lotados nas Ciretrans (Circunscrições Regionais de
Trânsito) do interior do estado serão chamados a participar do ato em Belém.
Está previsto o uso de carro-som, cartazes e faixas na manifestação simbólica
em repúdio à corrupção e à má gestão denunciada no órgão. "Deveremos
interditar por alguns minutos, apenas uma das faixas da Augusto Montenegro para
preservar a segurança dos manifestantes", explicou.
O Sindtran é autor de 22 denúncias de
irregularidades e improbidades administrativas formalizadas junto ao Ministério
Público do Estado (MPE-PA). O sindicato já promoveu quatro manifestações, desde
junho, em frente ao prédio sede do MPE,
em Belém, para reivindicar a abertura dessas investigações.“Fotografia, tempo e
memória” é a nova mostra na Galeria Graça Landeira