Representantes do governo e da sociedade
civil que irão compor o Grupo de Trabalho e Estudos de Segurança Marítima se
reuniram, na manhã desta sexta-feira (22), no auditório do Palácio do Governo,
para discutir medidas de combate à criminalidade nas hidrovias do Pará. A ideia
do grupo é traçar estratégias para diminuir os índices de crimes como a
pirataria e o contrabando.
Atualmente, os maiores índices desses
crimes estão no estreito de Breves e no Baixo Amazonas. O decreto que formaliza
o grupo foi assinado hoje pelo governador Helder Barbalho, antes de sua ida à
Marabá, no sudeste paraense, aonde cumpre agenda nesta tarde.
Farão parte do grupo as Secretarias de
Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), de Meio Ambiente e
Sustentabilidade (Semas), de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia
(Sedeme) e de Transportes (Setran), além do Grupamento Fluvial da Polícia
Militar (GFlu), da Companhia de Portos e Hidrovias do Pará (CHP) e das
Universidades Federal do Pará (Ufpa) e do Estado do Pará (Uepa). Também são
participantes o Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), os Ministérios Públicos Federal e Estadual e a Companhia
Docas do Pará (CDP).
Além destes, diversos entes,
representantes da sociedade civil, foram convidados para participarem do grupo,
entre sindicatos, federações e associações ligadas a passageiros, trabalhadores
e empresários do sistema aquaviário do Pará, além das Forças Armadas.
A presidência do colegiado ficará a
cargo do titular da Secretaria de Segurança Pública, Ualame Machado, que
durante o encontro informou a todos os representantes que, após a publicação do
decreto, cada entidade citada terá cinco dias úteis para indicar titular e
suplente para compor o grupo. As reuniões serão feitas mensalmente no auditório
da Segup.
Ualame também reforçou ao grupo que o
combate à criminalidade nos rios é um compromisso do Governo do Pará. “A nossa
preocupação é com o todo; passa pelo transporte de drogas, pela pirataria, pelo
contrabando – que gera um enorme prejuízo às empresas e ao próprio Estado – e
pela segurança de trabalhadores e passageiros da malha hidroviária do Pará.
Queremos ouvir todos para que possamos pensar juntos em medidas de combate.
Além disso, vamos atuar junto a nossa inteligência para desarticular essas
quadrilhas”, garantiu o secretário.
Ele informou ainda, que pelo menos três
bases de apoio devem ser montadas. A primeira delas é na Vila Antônio Lemos, no
estreito de Breves, município do Arquipélago do Marajó, onde diversos casos
destes tipos de crimes são registrados. Lá, uma base terrestre e uma aquática
estão previstas, além de um heliponto. As outras serão montadas no Baixo
Amazonas, sendo uma em Gurupá, onde será ativada uma base hidrovária integrada,
com a presença de vários órgãos da segurança pública, e outra em Afuá, no furo
do Salvadorzinho. Além disso, a ideia é também equipar o Grupamento Fluvial da
Polícia Militar com embarcações mais modernas, uma vez que muitas já estão
defasadas.