Criatividade é a palavra-chave para
arrasar no look da fantasia do Carnaval. Muito brilho, roupas coloridas: tudo é
permitido, desde que a pessoa se sinta à vontade com a roupa para pular na
folia. A época também traz tendências e revela muito de uma sociedade, segundo
especialistas.
A escolha de uma fantasia também é uma
forma de expressão. É o que explica a professora do curso de Moda da UNAMA –
Universidade da Amazônia Grazi Ribeiro. Ela explica como o factual pode
interferir nas peças. “Além das fantasias, que se adaptam a algo factual,
satirizando políticos ou acontecimentos que possam ser ironizados naquele
momento, o Carnaval brasileiro acontece durante o verão. Então, muito do que se
usa está relacionado às tendências de moda verão”, afirma.
Os tecidos ideais para a confecção de
uma roupa carnavalesca devem ser escolhidos de acordo com o tema. Os sintéticos
são os mais procurados por secarem mais e serem mais baratos, de acordo com a
professora. “Eu acredito que a pessoa se sinta à vontade com algo que ela se
identifica, então, de certa forma, tem a ver com a personalidade. Embora a
questão da inversão seja a origem do Carnaval, que é aquele momento em que é
permitido que você se mascare de uma forma que não é a do dia a dia”, analisa.
Além de a cor ser importante para
revelar o tema da fantasia, existem as tendências de moda verão. A professora diz que, em 2019, as cores neon
dominam o Carnaval e que têm uma forte relação com a tendência da moda atual.
“Hoje, várias questões foram revistas no modo de se fantasiar, motivadas pela
própria sociedade. Algumas fantasias estão sendo evitadas, principalmente
quando estão relacionadas à apropriação cultural: indiano, japonês, índio, por
exemplo. Existem as que são tradicionais, como Pierrô, Arlequim, Colombina,
pirata. Acho que essas nunca saem de moda. Mas percebo também que há uma
tendência à criação de fantasias a partir do reaproveitamento de peças do
próprio armário das pessoas”, conclui.