No ano desafiador de 2020, todas as
áreas industriais precisaram se adaptar para manter programas em funcionamento,
seja pelo home office, seja transformando suas campanhas de conscientização
para o formato on-line. Manter os bons resultados diante da pandemia da
covid-19 foi difícil, mas possível.
“O resultado foi alcançado graças ao
empenho e dedicação de todas as áreas geradoras de resíduos sólidos industriais
da MRN que, mesmo diante dos desafios impostos pela pandemia, colaboraram com a
gerência de Controle Ambiental”, conta Dayane Cecília Moreira, analista
ambiental da empresa.
A reutilização como prioridade
O Programa de Gestão de Resíduos Sólidos da MRN foca na atuação de três frentes principais: redução na geração por meio de trabalhos de conscientização ambiental junto às áreas operacionais; reaproveitamento/reciclagem dos resíduos industriais e aplicação de novas tecnologias e controle dos fornecedores envolvidos no processo de gerenciamento de resíduos industriais, a partir de processos rígidos de avaliação ambiental que proporcionam a redução de riscos relacionados à disposição inadequada.
A conscientização tem funcionado, resultando em ações desenvolvidas dentro das áreas, a exemplo do que foi realizado pela seção de Manutenção de Mecânica do Porto da MRN. “A empresa precisava de pontos de coleta de resíduos e nossa área costuma gerar bastante, mas ainda precisávamos aprimorar o ambiente para o descarte. Então, montamos nosso próprio ponto, que recebe em torno de 10 a 15 toneladas de sucata. Com essa ação, somada aos diálogos diários de segurança, a gente já percebe maior consciência ambiental dos colegas da área”, conta o soldador Antônio Edno Silva, que esteve à frente desses trabalhos na área em 2020.
Empresas terceirizadas que atuam na MRN também encontraram oportunidades no reaproveitamento, tornando-se parceiras da empresa para garantir um gerenciamento ambientalmente adequado de todos os resíduos que são gerados. A AC Parceria, por exemplo, reaproveita estruturas e materiais de construção, entre outros.
“Nossa turma fica sempre atenta às oportunidades de reuso de materiais que seriam descartados por outras áreas, utilizando-os para construção, reforma, ampliação e melhorias nas condições de segurança de nossas atividades. Trilhos usados retirados da rodoferrovia, correias, telhas metálicas velhas e outros diversos materiais são transformados em estruturas para armazenamento, canteiros de obras, reforço de pisos e uma série de outras melhorias. Exemplo disso foi a construção de um ponto para abastecimento dos caminhões pipas, utilizando básculas de caminhões desmobilizados, e resto de tubos oriundos das sobras de obra. Atualmente, estamos num projeto de transformação do campo de futebol Real Trombetas, onde também serão reutilizados diversos desses materiais”, conta o gerente geral de Obras da AC Parceria, José Roberto Guimarães.