O prefeitos de Belém e Marituba deverão se reunir em caráter de urgência com o governador do Estado para elaborar soluções definitivas para o aterro sanitário que recebe toda a produção de resíduos sólidos das três cidades, incluindo Ananindeua.
Em reunião realizada nesta sexta-feira, 12, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, a prefeita de Marituba, Patrícia Mendes e membros Fórum Permanente Fora Lixão, debateram medidas para resolver o problema do lixo que é produzido nos três municípios e levado diariamente ao aterro sanitário localizado em Marituba, que vem causando transtornos à população local há vários anos.
Edmilson Rodrigues afirma que é
importante abrir um canal de diálogo, ouvir a população, apesar do tema tratado ser complexo. Porém, ele
acredita que é necessário discutir o destino e o tratamento dos resíduos
sólidos e viabilizar uma solução duradoura. "Espero que os prefeitos
estejam com disposição de buscar a
solução. Espero que não haja discurso fácil. Porque isso não soluciona a
gravidade que foi instalada de forma irresponsável. Espero que a justiça cumpra
o seu papel estabelecendo as condições para essa busca de solução e deejamos
contar com o governo do Estado", ressalta o prefeito de Belém.
Durante a primeira reunião do Fórum com o Prefeito de Belém, os representantes da entidade expuseram os problemas que já vinham sendo expostos às gestões anteriores, porém, sem solução. No encontro desta sexta-feira, o debate foi ampliado com a apresentação e discussão de propostas e os representantes afirmaram que são contra a permanência do empreendimento e prolongamento das atividades do aterro em Marituba.
Segundo Helder Gama, membro do Fórum Permanente Fora Lixão, as condições que já se encontra o aterro já é muito difícil para a população, e ainda se prevê o prolongamento da atividade, alegando que o espaço tem capacidade. Porém, o morador de Marituba afirma que há vários crimes ambientais e contra a saúde pública cometidos pelo empreendimento. "Não tem a mínima condição desse empreendimento continuar em Marituba. A gente exige que a empresa indenize o município, através de uma reforma de uma escola ou construir um posto de saúde. Além de uma ajuda de Belém e Governo do Estado, através de emendas levando algum benefício para tentar amenizar esse sofrimento”, reforça Gama.
Para a Secretária de Saneamento de
Belém, Ivanise Gasparim, o aterro precisa atender as condições ambientais e
sanitárias básicas."Nós, da Prefeitura de Belém, a prefeita de Marituba e
o Fórum temos um interesse comum, que seja implantado um aterro sanitário
digno, capaz de realmente atender todas as preliminares, que respeite o meio
ambiente, cumpra as determinações para sua implantação para receber todo o
resíduo sólido gerado nos três municípios", informou a secretária.