Agentes vão em busca de eliminar os criadouros - Foto Ascom/Sespa |
A Secretaria de Estado de Saúde
Pública (Sespa) divulgou os números do 14º Informe Epidemiológico de 2016,
sobre os casos de dengue, zika e febre
chikungunya registrados no Pará, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes
aegypti. Em 2016, até o dia 17 de outubro, foram contabilizados 6.052 casos de
dengue, 2.200 casos de zika e 420 de febre chikungunya. Dos municípios com maior
ocorrência de dengue, Itaituba lidera o ranking, com 600 casos confirmados. Em
seguida aparecem Belém (538), Dom Eliseu (482), Alenquer (439), Marabá (311),
Oriximiná (301), Tucuruí (254), Parauapebas (251), Pacajá (220) e Novo
Progresso (189).
No período, não houve registro de
mortes no Estado em função dessas doenças. A Sespa continua orientando que as
secretarias municipais de Saúde informem, no período de 24 horas, a ocorrência
de casos graves e mortes que podem ter sido causadas pelas doenças transmitidas
pelo Aedes. Para a confirmação da causa da
morte é necessária a investigação epidemiológica, com aplicação do Protocolo de
Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em
laboratórios credenciados, como o Laboratório Central (Lacen) e o Instituto
Evandro Chagas (IEC), preconizados pelo Programa Nacional de Controle da
Dengue. O procedimento garante o correto encerramento de casos graves e óbitos
no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
Sintomas - Os vírus da dengue,
chikungunya e zika são transmitidos pelo mesmo vetor, o Aedes aegypti, e
provocam sintomas parecidos, como febre e dores musculares. Mas as doenças têm
gravidades diferentes. A dengue é a mais perigosa, devido aos quatro sorotipos
diferentes do vírus, causando febre repentina, dores musculares, falta de ar e
indisposição. A forma mais grave da doença é caracterizada por hemorragias e
pode levar à morte.
A chikungunya caracteriza-se
principalmente pelas intensas dores nas articulações. Os sintomas duram entre
10 e 15 dias, mas as dores podem permanecer por meses, e até anos. Complicações
sérias e morte são muito raras. Já a febre por zika apresenta sintomas que se
limitam a, no máximo, sete dias.
Mesmo com o período de estiagem a
região, quando há menor volume de chuvas, a população deve continuar combatendo
possíveis criadouros do mosquito. Em caso de dificuldade, as pessoas devem
acionar os programas municipais de controle da dengue mantidos pelas
prefeituras. As equipes de profissionais capacitados visitam as casas para
inspecionar possíveis locais que sirvam de criadouro para o mosquito, com o
objetivo de eliminar os focos e orientar os moradores quanto à prevenção e
controle do Aedes aegypti.