Três estabelecimentos comerciais apontados como locais de receptação e venda de produtos roubados pelo bando foram fechados durante a operação - Foto Ascom/PC-PA |
A Polícia Civil e a Secretaria de
Estado da Fazenda (Sefa) deflagraram, nesta terça-feira (31), uma operação para combater o roubo de cargas na Rodovia PA-150, no trecho entre as cidades
de Tailândia, Goianésia do Pará e Breu Branco, sudeste paraense, e desarticular
um esquema que envolvia empresários para venda de mercadorias roubadas nos
estabelecimentos comerciais de Tailândia. Quatro acusados de envolvimento em
uma associação criminosa responsável pelos crimes foram presos, três deles em
Tailândia e um em Belém.
Três estabelecimentos comerciais
apontados como locais de receptação e venda de produtos roubados pelo bando
foram fechados. Os locais foram fiscalizados pela equipe de fiscais da Sefa,
que verificou irregularidades fiscais. Os acusados presos em Tailândia serão
transferidos nesta quarta-feira (1º) para Belém.
A operação reuniu policiais civis
da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), Grupo de Pronto-Emprego
(GPE), Delegacia de Tailândia e Divisão Especializada em Meio Ambiente (Dema),
com parceria do Ministério Público do Estado e Poder Judiciário de Tailândia na
expedição das ordens judiciais. Segundo o delegado André Costa, titular da
DRCO, o principal alvo da ação foi a associação criminosa apontada como autora
de roubas de cargas, principalmente, de caminhões dos Correios que trafegam na
região.
Durante o trabalho investigativo,
a equipe da Delegacia de Tailândia levantou informações sobre a ação do grupo
de assaltantes e repassou os dados para a Delegacia de Repressão a Roubos e
Furtos de Cargas (DRFC), unidade policial vinculada à DRCO. A partir da
apuração dos fatos, as equipes seguiram até a localidade para desencadear a
operação. Ao todo, 20 mandados judiciais, dos quais oito prisões preventivas e
12 ordens judiciais de busca e apreensão, foram expedidos em decorrência das
investigações.
Durante a operação, foram presos
Maurício Junior de Sousa Vieira, Gemilson Lira de Oliveira, Armando da Silva
Gonçalves e Victor de Camargo, acusados de envolvimentos nos assaltos e de
intermediar o repasse dos produtos roubados para os estabelecimentos. Armando
Gonçalves foi flagrado com cartuchos de calibre 38 e, assim, foi autuado em
flagrante por posse ilegal de munição.
Outros quatro acusados estão
foragidos. Um deles é o empresário Randerson da Silva Serafim, dono do
supermercado Amazonas, em Tailândia, um dos estabelecimentos fiscalizados
durante a operação. As investigações mostraram que o local era usado para
guardar e vender produtos roubados pelo bando. Randerson foi procurado, mas não
foi localizado em Tailândia. Outros dois estabelecimentos fechados foram o
mercadão meio a meio Amazonas e o supermercado Belém.
Segundo o diretor de Fiscalização
da Sefa, Shu Yung Fon, a solicitação de ação partiu da DRCO. "A Secretaria
da Fazenda deslocou onze servidores para Tailândia, oito deles da Carreira da Administração
Tributária, além do pessoal de apoio. Auditores e fiscais de receitas visitaram
três estabelecimentos comerciais e encontraram documentos e equipamentos
não-fiscais sendo usados, além de venda sem emissão de nota fiscal e o uso de
equipamento de cartão de crédito de outra empresa. O material foi
recolhido", detalhou, informando que serão abertas novas ordens de serviço
para fazer a fiscalização e acompanhar a lavratura dos autos de infração.