Já foi localizado o barco “Comandante
Ribeiro”, que naufragou por volta das 21h de terça-feira (22) no Rio Xingu,
entre os municípios de Porto de Moz e Senador José Porfírio, próximo à
localidade denominada Ponta Grande, no sudoeste do Pará. Cerca de 70 pessoas
estariam na embarcação. Na manhã desta quarta (23), 15 sobreviventes já haviam
sido resgatados e 10 vítimas fatais foram localizadas – seis mulheres, dois
homens e duas crianças.
A embarcação saiu de Santarém. Faria
escala nos municípios de Monte Alegre e Prainha e teria como destino final
Vitória do Xingu, em uma única viagem. A Polícia Civil já investiga as causas
do naufrágio. O Sistema de Segurança Pública e o Centro de Comando de Operações
já estão no local com equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia
Militar e do Grupamento Fluvial de Segurança Pública (Gflu).
Já decolaram de Belém com destino a
Porto de Moz três aeronaves do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp)
levando reforço do efetivo da Defesa Civil, Centro de Perícias Científicas
Renato Chaves, Gflu e Diretoria de Telecomunicações da Segup. Foram montadas
uma sala de situação na Câmara de Vereadores de Porto de Moz e uma estrutura
para atendimento das vítimas, no Ginásio Chico Cruz.
Intempérie – O trabalho agora se
concentra nas buscas por sobreviventes. O secretário adjunto de Gestão
Operacional da Segup, André Cunha, informou que a embarcação desatracou de
Porto de Moz por volta das 18h30 de terça (22). No trajeto para Vitória do
Xingu, enfrentou mau tempo e veio a naufragar. “Ainda não conseguimos ter
acesso à lista de passageiros, então não se sabe ao certo o número exato de
pessoas que estavam no barco”, disse. Segundo relatos de sobreviventes, em
Porto de Moz teriam embarcado cerca de 40 pessoas, a maioria idosos.
No local do naufrágio, já estão três
lanchas do Grupamento Fluvial (Gflu) da Segup e três aeronaves (duas de asa
fixa e um helicóptero), dando apoio nas buscas. Também está presente uma equipe
da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda
(Seaster), para assistir os familiares e sobreviventes. O Centro de Perícias
Científicas Renato Chaves trabalha para identificar os corpos e liberá-los, com
brevidade, às famílias.
O Corpo de Bombeiros já ativou o sistema
de comando de incidentes, específico para atuar em eventos dessa magnitude.
“Ainda existe um quantitativo significativo de pessoas desaparecidas. Já temos
um contingente de mergulhadores trabalhando no local do naufrágio”, frisou
André Cunha, revelando que os consulados dos Estados Unidos e da Austrália
procuraram a Segup. Existe a suspeita de que poderia haver cidadãos desses dois
países na embarcação.