Nesta quinta-feira, dia 10 de
maio, marca o Dia Internacional de Atenção à Pessoa com Lúpus.
Entendendo o Lúpus:
Trata-se de uma doença autoimune,
ou seja, o sistema imunológico do paciente ataca o seu próprio organismo. Isso
gera danos irreversíveis aos tecidos e órgãos e pode levar à morte prematura. A
incidência de morte em pacientes com Lúpus que têm menos de 40 anos é 10 vezes
maior do que a população em geral. O Lúpus está relacionado à predisposição
genética e pode ser desencadeado por fatores hormonais e ambientais, tais como:
luz solar, infecções e alguns medicamentos.
A doença pode ser classificada de
3 formas: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), no qual um ou mais órgãos
internos são acometidos, o Lúpus Cutâneo, que é restrito à pele e o Lúpus
Induzido por Drogas, que surge após a administração de medicamentos, podendo
haver comprometimento cutâneo e de outros órgãos – há melhora com a retirada do
medicamento que desencadeou o quadro.
O Lúpus Eritematoso Sistêmico
(LES), é a forma mais séria da doença e também a mais comum afetando
aproximadamente 70% dos pacientes com lúpus. Ele afeta principalmente as
mulheres, sendo 9 em 10 pacientes, com risco mais elevado de início de LES
durante a idade fértil.
Sintomas desencadeados pela
doença, como dores nas articulações, podem impedir atividades simples, como a
prática de atividades físicas, e também a rotina de trabalho, com isso, mais de
50% dos pacientes param de trabalhar em até 15 anos após o diagnóstico de
Lúpus. Não há cura para a doença, mas é possível controlar e conviver com ela
com o acompanhamento médico regular.
Incidência e Prevalência:
Globalmente o Lúpus afeta
aproximadamente 40 pessoas a cada 100.000 habitantes. No Brasil, estima-se uma
prevalência de 98 casos para cada 100.000 brasileiros, sendo aproximadamente
200 mil casos de Lúpus no país.
Sintomas mais frequentes do LES:
O LES pode afetar qualquer órgão
do corpo e os sintomas podem variar muito em termos de gravidade e de
intensidade. Alguns dos sintomas mais comuns incluem: Fadiga debilitante, febre
baixa, perda de apetite, queda de cabelo, inflamação nas articulações - sendo
esta observada em mais de 90% dos pacientes. As lesões de pele mais
características são manchas avermelhadas no rosto, conhecidas como “lesões em
asa de borboleta”. Podem ocorrer ainda manifestações em outros órgãos como
rins, pulmão, coração e cérebro.
Diagnóstico:
O Lúpus é diagnosticado através
da presença de um conjunto de sinais e sintomas e alterações em exames. O
diagnóstico prematuro de LES é difícil devido aos sintomas não-específicos,
como mal-estar, dor nas articulações ou fadiga. Os sinais externos da doença
podem ser poucos.
Tratamento:
Deve ser individualizado para
cada paciente, dependendo das manifestações apresentadas. O médico
reumatologista determinará o tratamento mais adequado, sendo que os objetivos
incluem: reduzir a atividade da doença, tratar os sintomas e crises, reduzir os
danos a órgãos. Um dos grandes desafios dos médicos é fazer um equilíbrio entre
o tratamento dos sintomas e a minimização dos eventos adversos causados pelas
medicações comumente utilizadas.
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