Feira de empreendedorismo chega ao Hospital Galileu



A movimentação diferente e os produtos à venda chamaram a atenção da técnica de enfermagem do Hospital Público Estadual Galileu, Alba Oliveira. “Olhei todas as mesas, parei para ouvir as histórias e descobri que existe algo além do empreendedorismo, que é a coragem dessas mulheres”, conta a colaboradora. As histórias que chamaram a atenção de Alba são de mulheres que fazem parte do Canto da Empreendedora, projeto do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo que estimula o empreendedorismo e a autonomia financeira das mães e acompanhantes das crianças e adolescentes em tratamento na unidade.

Com uma feira realizada por mês, o Canto da Empreendedora chegou a sua nona edição na terça-feira (8) e a ação no Hospital Galileu foi a primeira fora do Oncológico Infantil. As duas unidades são gerencias pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

A próxima edição do Canto da Empreendedora já tem data marcada. Será nesta sexta-feira (11), das 9h às 17h, na recepção do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, que fica na Travessa 14 de Abril, 1394, no bairro de São Brás.

“Reconhecemos a importância do projeto para essas famílias e a forma que encontramos de contribuir foi disponibilizando nosso espaço, incentivando a participação de nossos colaboradores. Acredito que os resultados tenham sido positivos e esperamos receber outras edições”, destacou o diretor-geral do Hospital Galileu, Saulo Mengarda.

A vendedora de cosméticos, Vilma de Oliveira acompanha o filho em tratamento no Oncológico há um ano e oito meses e é uma das primeiras participantes do Canto da Empreendedora. “Gosto da feira. Aprendi mais sobre algo que já fazia antes do tratamento do meu filho e hoje consigo complementar a renda da família”, contou.

Em sua segunda participação no Canto da Empreendedora, Onita Mendes apostou no tempero caseiro para garantir as vendas dos bolos e do arroz paraense com camarão e jambú.  “Gosto de cozinhar. São comidas que costumo fazer para o meu neto que faz tratamento no Oncológico”, contou. Ela ainda falou sobre a importância do projeto para ela e outras mães e acompanhantes. “A gente larga tudo para viver em função dos filhos e netos. Com o projeto, continuamos a nos dedicar ao tratamento e ainda garantimos uma renda extra, que é importante para muitas famílias”, destacou.