O Hospital Ophir
Loyola anunciou medidas de segurança para combater o avanço do novo
coronavírus. Apesar de o Pará ter apenas um caso confirmado da doença, a
direção do HOL considerou importante estabelecer medidas preventivas e seguir
as orientações do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde e do Plano de
Contingência do Estado do Pará.
As medidas incluem a suspensão das
visitas nas clínicas de internação por tempo indeterminado. Os pacientes
internados nesses locais têm direito a um acompanhante, que pode ser trocado
por outra pessoa apenas uma vez ao dia.
O cuidado foi redobrado na Unidade de
Terapia Intensiva (UTI), onde as visitas ocorrerão somente uma vez ao dia. Na
ocasião, o visitante receberá o boletim médico atualizado. Estabeleceu-se que,
durante os atendimentos ambulatoriais, realização de consulta e exames, será
autorizada a entrada de um acompanhante, estritamente, quando o paciente
estiver incapacitado de comparecer sozinho no hospital.
"Estamos pensando na segurança de
todos, principalmente na segurança de nossos pacientes, que são
imunossuprimidos e necessitam de um cuidado maior" - médico José Roberto
Lobato, diretor-geral do HOL.
Ele enfatiza que os pacientes
oncológicos, transplantados, pessoas idosas, com hipertensão, problemas
cardíacos ou diabetes correm o risco de contrair Covid-19 como qualquer outra
pessoa, porém esse grupo "é suscetível a desenvolver a forma mais grave da
doença, portanto precisamos adotar essas medidas e seguir à risca para que os
nossos pacientes não se contaminem", ressaltou o diretor.
Os tratamentos para pacientes
oncológicos podem causar efeitos colaterais locais e sistêmicos, o que muitas
vezes os deixam vulneráveis a infecções. Essa conjuntura pode elevar o risco e
a gravidade de doenças infecciosas, muitas vezes inofensivas para as pessoas
saudáveis.
A respeito disso, a chefe Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Ophir Loyola, a infectologista Ilce
Menezes, esclarece que as ações vão contribuir para que pacientes que tenham
câncer ou outras doenças associadas não venham a ser contaminadas com o novo
coronavírus.
"De acordo com o trabalho realizado
na China, as pessoas mais afetadas foram idosos, cardiopatas, hipertensos,
diabéticos, oncológicos, ou seja, pacientes com comorbidades. Os nossos
usuários se enquadram justamente aí, passam por quimioterapia, têm o sistema
imunológico mais sensível, portanto a capacidade de resposta deles a esse tipo
de vírus é muito menor, logo a melhor estratégia é a prevenção".