Mais de 150 crianças e
adolescentes estarão em cena para contar a história do nascimento de Jesus
Cristo em mais um Auto de Natal, tradicional espetáculo que reúne, todo final
de ano, os alunos das Oficinas Curro Velho, da Fundação Cultural do Pará (FCP).
Este ano, a produção terá direção musical e texto de José Maria Bezerra, e
direção teatral de Sueli Britto, Alice Maria e Luiz Acácio. Intitulado “As
Pastorinhas: Um Natal de todos”, o Auto será apresentado nos dias 15 e 16 de
dezembro, a partir das 18h, no anfiteatro do Curro Velho, com entrada franca.
Segundo Jorge Cunha, coordenador
de Linguagem Corporal da FCP, a encenação tem todos os elementos de uma
Pastorinha – tradição surgida no século XVI, em Lisboa, quando os jesuítas
resolveram criar espetáculos sobre o nascimento de Jesus como forma de atrair
mais devotos para a igreja católica. “Durante a apresentação teremos tudo que
compõe uma Pastorinha: o rei Herodes, o anjo Gabriel, a história do Menino
Jesus”, pontua.
O Auto de Natal é uma remontagem
do espetáculo apresentado em 2007. Durante dois meses, as crianças se
prepararam para este momento, participando das oficinas de iniciação artística
de dança, teatro e música, realizadas aos sábados e domingos.
A sonoplastia será toda produzida
por crianças a partir de cinco anos, alunas das oficinas de música ministradas
por Muka de Sousa, Pawer Martins, Jhully Contente e José Maria Bezerra. Mais de
50 delas estarão no comando de instrumentos como curimbó, surdo, caixa,
barrica, triângulo e maracá, entre outros.
Ensaio – No último fim de semana,
as crianças da Iniciação Artística afinaram detalhes da apresentação e nesta
quinta-feira (14), participarão do ensaio geral, a partir das 17h. Durante as
oficinas, as crianças participam do processo de criação das coreografias. “Os
instrutores usaram a ludicidade infantil para trabalhar a criatividade da
meninada e adaptar isso na montagem do espetáculo”, pontua Jorge Cunha.
O pequeno Daniel Cunha, de apenas
cinco anos, mora na Vila da Barca e diz que adora participar da oficina de
dança. Já dona Mirtes Holanda Silva, acompanha o filho Wallace Gabriel em todos
os ensaios. “Eu moro no bairro da Pratinha e acho muito importante esse
trabalho que o Curro Velho faz para tirar as crianças da rua e ensinar um pouco
da nossa cultura”, diz.