A partir desta sexta-feira
(15/12), equipes do DNIT vão estar posicionadas nos trechos críticos para
antecipar e resolver problemas, além de abastecer o aplicativo de trânsito e
navegação Waze com informações sobre as condições da rodovia.
O governo federal criou uma
força-tarefa para antecipar problemas e promover ações emergenciais para evitar
os transtornos causados pelas chuvas desta época do ano nos dois trechos ainda
não pavimentados da BR-163. São 90 quilômetros – 59 em Novo Progresso e 31
entre Santa Luzia a Trairão.
O restante da rodovia está
asfaltado. Do total de 710 quilômetros, da divisa do Mato Grosso até os portos
do Arco Norte, 620 já foram pavimentados. Mais de 23,8 milhões de toneladas
foram escoados por estes portos na última safra.
Além do DNIT, a força-tarefa
criada por meio da portaria nº 980, de 8 de dezembro, será reforçada por
representantes do Exército Brasileiro (EB), da Polícia Rodoviária Federal (PRF)
e da Casa Civil da Presidência da República. Em fevereiro deste ano, as chuvas
intensas causaram atoleiros e congestionamentos na rodovia, que geraram
impactos em todo o setor. Em alguns trechos, situados em Bela Vista do Caracol,
os congestionamentos atingiram 50 quilômetros e cerca de 3 mil caminhões
carregados de soja ficaram atolados. O trecho foi recuperado durante o ano, com
terraplanagem e drenagem numa parte e revestimento primário de rocha britada em
outra, para suportar o tráfego intenso de caminhões.
OPERAÇÃO COMEÇA NESTA SEXTA – A
partir desta sexta-feira (15), agentes do DNIT estarão posicionados nestes
trechos em obras para monitorar e controlar o tráfego, acionar as equipes de
manutenção com caminhões-tanque, carrocerias e maquinários, realizar serviços
emergenciais de aterro e drenagem e retenções em locais com infraestrutura.
Além disso, o DNIT firmou um
termo de compromisso com o aplicativo de trânsito e navegação Waze
especificamente sobre a BR-163. Pela parceria, o DNIT vai contribuir com
informações públicas para alertar sobre a situação de todos os trechos de maior
movimento rodovia.
RELEVÂNCIA DO CORREDOR NORTE – A
safra 2016/2017 chegou a 220 milhões de toneladas. Com exceção da safra
2015/2016, que sofreu leve queda por condições climáticas, a produção
brasileira de grãos vem batendo novos recordes a cada ano, ancorada,
principalmente, pela produção de soja e milho. Dados da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab) mostram que, em 2014/2015, as lavouras de soja do país
renderam 96,2 milhões de toneladas, 11,8% a mais que na safra passada, enquanto
que a do milho registrou 84,7 milhões de toneladas, avanço de 6% sobre o ciclo
anterior.
A soja e seus derivados e o milho
se destacam como os principais produtos da balança comercial brasileira. Para
se ter ideia, em 2015, o volume do complexo de soja exportado foi de 70,8
milhões de toneladas – 14,6% de toda a exportação do país, que geraram US$
27,96 bilhões de receita.
Do volume total de soja,
derivados e milho exportado, 41% saíram pelo corredor Sul, 39% pelo Sudeste, 7%
pelo Nordeste e 13% pelo Norte, formado pelas rodovias federais do Mato Grosso,
Pará e Rondônia. Embora o volume de exportação pelo Norte ainda não seja tão
significativo, as rotas da região são apontadas como uma alternativa para
escoar a produção e desafogar os portos do Sul e do Sudeste.