A Polícia Civil
do Pará fez, nesta quarta-feira (20), um alerta aos servidores públicos
estaduais, pensionistas e aposentados. É preciso ficar atento a possibilidade
de serem abordados por supostos corretores de negócios que oferecem facilidades
na quitação e renovação de empréstimos consignados.
Trata-se de um
golpe que já vem inclusive sendo alvo de inquérito e investigação pela Polícia
Civil, que está identificando os envolvidos, para definir a responsabilização
pelos crimes. Somente neste ano, 235 ocorrências de empréstimos consignados
indevidos foram identificadas pela Polícia Civil junto às instituições
bancárias, apenas na região metropolitana de Belém.
Para apurar os
fatos, foi designada uma equipe de investigação pela Delegacia-Geral da Polícia
Civil que já está apurando informações há quase seis meses. Segundo o delegado
Alexandre Oliveira, do Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro
(LAB-LD), da Polícia Civil, esses supostos corretores são, na verdade,
aliciadores que atuam em um grupo criminoso. "O esquema consiste em forjar
a quitação de empréstimo consignado na instituição bancária em que o crédito
foi concedido ao servidor. Com isso, o mesmo servidor fica habilitado a
contrair novo empréstimo", explica.
O policial civil
detalha que muitas pessoas são induzidas à fraude porque já alcançaram o limite
de 30% de seu salário com os parcelamentos dos empréstimos consignados no
contracheque e, como forma de conseguirem mais empréstimos financeiros, acabam
firmando contratos com falsos corretores.
O delegado-geral
Rilmar Firmino faz um alerta quanto às facilidades ofertadas por esses
criminosos e os cuidados que os servidores públicos, pensionistas e aposentados
precisam ter para não caírem no golpe e até ficarem sujeitos a responder
criminalmente. “Qualquer abordagem (com panfletos) na rua, no local de trabalho
do servidor ou por meio de aplicativos de mensagens no celular ou redes sociais
já merece desconfiança. Especialmente quando o aliciador cobra comissões. Há
casos em que os valores das comissões chegam até a 50%”, adverte o
delegado-geral.
Ele enfatiza que
o correto é que qualquer empréstimo consignado deva ser firmado na própria
instituição financeira ou empresas credenciadas. O delegado-geral ressalta que
as investigações prosseguem para identificar todos os envolvidos no esquema
criminoso.
Caso alguém
tenha caído nesse golpe, deve procurar uma Delegacia de Polícia mais próxima e
registrar o boletim de ocorrência. Segundo ele, outros detalhes sobre o caso
estão mantidos em sigilo para não atrapalhar as investigações em andamento.
Quem tiver informações que possam ajudar a Polícia nas investigações deve
telefonar para o fone 181. O sigilo das informações é absolutamente garantido.