A operação contou com 200
policiais divididos em 45 equipes e com apoio de 50 viaturas. Sob coordenação
do delegado-geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, a ação policial teve 35
alvos nos quatro municípios, a maior em Moju (base da operação), no nordeste
paraense. O nome da operação é uma referência ao significado da palavra Moju na
língua indígena Tupi.
Entre os presos está o vereador
Walber Pacheco Silva, o Dadá, acusado de tráfico de drogas, e o agente
prisional Benedito Carlos Nunes Monteiro, acusado de facilitar a saída ilegal
de presos do semi-aberto da Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel do Pará para
cometer roubos em Moju.
Rosivan Carvalho da Silva, de
apelido Van, presidiário da Colônia Agrícola, que foi preso em Abaetetuba e que
era um dos detentos que tinham a saída facilitada pelo agente prisional, também
foi detido. Com ele, foi apreendida uma pistola ponto40 de uso restrito da
polícia com numeração raspada e com munição de mesmo calibre.
Ao todo, foram decretados 66
mandados - 30 de prisão preventiva, um de prisão temporária e 35 mandados de
busca e apreensão.
Operação - Por volta das 3 horas
da manhã, os policiais civis e militares se reuniram no auditório do Instituto
de Ensino de Segurança do Pará (IESP), em Marituba, na Grande Belém, para a
reunião prévia antes da deflagração da operação.
No local, foram estruturadas
salas do prédio com computadores conectados à internet e impressoras para
lavratura dos procedimentos policiais. Perto das 5 horas, as equipes policiais
deixaram o IESP, e seguiram no rumo dos endereços dos alvos da operação.
O delegado-geral Rilmar Firmino
explica que a operação ‘Rio das Cobras’ é resultado de quatro meses de
investigações. Durante esse período, foram apuradas informações sobre pessoas
envolvidas em crimes de tráfico de drogas, roubos e homicídios no município,
identificando a conexão entre os crimes e os autores. Assim, a partir dos
levantamentos, foi requisitada à Justiça a prisão dos envolvidos.
Em Moju, todos os presos foram
inicialmente levados para a Unidade Integrada Pro Paz (UIPP), de onde foram
conduzidos para o IESP. Em Marituba, os presos foram identificados,
interrogados e passaram por exames periciais de corpo de delito, para em
seguida, serem transferidos para Unidades do Sistema Penitenciário. Para o
delegado-geral, com essa operação, os índices de criminalidade na região devem
diminuir bastante.
A operação policial contou com
atuação de policiais civis do Núcleo de Inteligência Policial (NIP); de
Divisões Especializadas da capital; de Seccionais e Delegacias de Belém, e de
Unidades Policiais de municípios do interior.