Duas óperas e um concerto de
encerramento compõem a programação do XVII Festival de Ópera do Theatro da Paz,
que será aberto com a obra La vida breve, de Manuel de Falla, no próximo dia 09
de agosto (quinta-feira), com récitas nos dias 10 e 11, prosseguindo com Un
ballo in maschera, de Giuseppe Verdi, com estreia no dia 8 de setembro e
récitas nos dias 10 e 12. O concerto de
encerramento será no dia 15 de setembro, às 20 h, no Theatro da Paz. Ingressos
já estão à venda.
“Já apresentamos óperas em italiano,
francês, russo, inglês e, agora, pela primeira vez, estamos colocando uma ópera
em espanhol em nossa programação. La Vida Breve será visualmente muito bonita,
trazendo, além da dança flamenca, a música tradicional espanhola. Já Um ballo
de maschera é uma das óperas mais festejadas de Verdi, depois de sua trilogia
de grande sucesso, Il Rigolleto, Il Trovatore e La Traviata. É um sucesso desde
que foi apresentada pela primeira vez”, informa Gilberto Chaves, membro da
Coordenação-Geral do Festival de Ópera do Theatro da Paz.
La Vida Breve é uma ópera curta, em dois
atos e pouco mais de uma hora de duração, e será apresentada sem intervalo. Já
a ópera Um ballo de maschera é mais longa, tem duas horas e 20 minutos de
duração e três atos, contando com dois intervalos.
Composta em 1905, La Vida Breve só
estreou em 1913, em Nice (França), e pertence à primeira fase da obra de Manuel
de Falla, considerado o maior compositor espanhol do século XX. Já Un ballo in
maschera faz parte do segundo período da obra de Verdi, estreando no Teatro
Apollo, em Roma, em 17 de fevereiro de 1859. É uma das óperas mais conhecidas
em todo o mundo, e será encenada pela primeira vez na Amazônia.
As duas óperas contam com a execução da
Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, sob a direção e regência musical do
maestro Miguel Campos Neto, e com o coral lírico do Festival, formado por 60
cantores, sob a regência de Vanildo Monteiro.
Mentiras de amor - La Vida Breve se
passa em Granada, na região de Andaluzia, na Espanha. Na história, o conflito
de classes sociais é revelado pelo encontro de Salud, da classe pobre, com
Paco, de uma família abastada. Ela se apaixona por ele, que a ilude para depois
se casar com uma moça de sua classe social, uma história que termina em
tragédia.
A direção cênica e iluminação são de
Caetano Vilela, mesmo diretor de “Navio Fantasma” e “Mefistofele”, dois
sucessos de público encenados em 2013 e 2014. O figurino é de Ronaldo Fraga, um
dos mais aclamados estilistas brasileiros, que comoveu a plateia do São Paulo Fashion
Week apresentando uma coleção inspirada no desastre ambiental ocorrido em 2015,
na cidade de Mariana (MG).
O coreógrafo argentino Luis Arrieta
dirige os bailarinos solistas Simone Camargo, Cassius de La Cruz, Samuel
Kavalerski e Tiago Assis, além do corpo de baile, com 11 integrantes. As cenas
com danças espanholas contam também com a participação de Arrieta no palco.
Talento paraense - O elenco é formado
por cantores paraenses, com exceção do barítono uruguaio Marcyo Bonefon,
convidado para a cena do casamento. Ele fará o Canto Hondo, um canto de
saudação que exige um estilo vocal em flamenco, uma forma intocada da música
folclórica da Andaluzia.
A soprano paraense Lanna Bastos estreia
no Festival de Ópera em papel principal, fazendo a cigana Salud, que contracena
com Paco, interpretado pelo tenor Antonio Wilson. A paraense Suzy Quintella
(mezzo), Andrey Mira (baixo), Juliane Lins (soprano), Idaías Souto (barítono),
Andrew Lima (tenor), Jéssika Wisniewski (mezzo), Ione Carvalho (soprano) e
Marcos Carvalho (tenor) completam o núcleo paraense de personagens do drama.
A cenografia é de Duda Arruk, que vem
realizando diversos trabalhos com Caetano Vilela, e também no Festival de Ópera
do Theatro da Paz. A cenógrafa conta com assistência de José Silvério para
criar os diferentes ambientes que compõe a ópera. A confecção de cenário é de Ribamar Diniz.
Amizade e vingança - Um ballo in
maschera baseia-se no assassinato do rei Gustavo III, da Suécia, mas durante
sua composição Verdi foi censurado e obrigado a fazer mudanças, pois na época
não se permitia que fosse encenado o assassinato de um rei no palco.
A história, dramática em sua conclusão,
com momentos de ironia e comédia, foi rotulada pela crítica como uma tragédia
shakespeariana.
Serviço: Abertura da bilheteria dia 2 de
agosto, às 14 h, no Theatro da Paz. Vendas também pelo site:
www.ticketfacil.com.br.
La vida breve – Manuel de Falla
Apresentação nos dias 09, 10 e 11 de
agosto – às 20 h
Duração: 1h10 – Dois atos – Sem
intervalo
Classificação etária: 12 anos
Ingressos:
Plateia, Varanda, Frisa e Camarote de
1ª: R$ 80,00
Camarote de 2ª: R$ 40,00
Galeria: R$ 20,00
Paraíso: R$ 10,00
Um ballo in maschera (Um Baile de
Máscaras) – Giuseppe Verdi
Apresentações nos dias 8, 10 e 12 de
setembro – às 20 h
Duração: 02h20 – Três atos – Dois
intervalos (20 min.)
Classificação etária: 12 anos
Ingressos:
Plateia, Varanda, Frisa e Camarote de
1ª: R$ 80,00
Camarote de 2ª: R$ 40,00
Galeria: R$ 20,00
Paraíso: R$ 10,00
Concerto de encerramento
Dia 15 de setembro – às 20 h
Preço único: R$ 5,00