Pará tem três projetos na final da 13ª edição do Prêmio Itaú-Unicef



O Prêmio Itaú-Unicef acaba de divulgar os 30 projetos finalistas de sua 13ª edição. Este ano, a premiação conta com duas categorias: Parceria em Ação, em que são reconhecidas parcerias entre organizações da sociedade civil (OSCs) e escolas públicas; e OSC em Ação, dedicada a projetos realizados exclusivamente pelas OSCs.

A partir do grupo de cem semifinalistas anunciado em agosto, foram selecionados 30 projetos para a etapa final, sendo 20 OSCs, que receberão R$ 40 mil cada, e 10 parcerias que serão premiadas com R$ 100 mil, sendo R$ 50 mil para a OSC e R$ 50 mil para a escola. Na etapa anterior (semifinal) as 60 OSCs selecionadas receberam R$ 20 mil cada e as parcerias R$ 40 mil, divididos entre OSC e escola.

Projetos representantes do Pará

Gira Sol



O projeto Gira Sol realiza formação artístico-cultural e ecológica de crianças, adolescentes e jovens afro-indígenas no território de Cabelo Seco, bairro matriz de Marabá (PA), através de dança, percussão, audiovisual e biblioteca. Atuando em rede, um coletivo juvenil integra performance, saúde integral e energia solar para gestionar educação integral nas ruas, casas e margens dos rios, em parceria com escolas vizinhas e outras instituições públicas, em busca de um paradigma de comunidade sustentável.

O Projeto é permeado por uma metodologia que vem sendo desenvolvida ao longo de 35 anos, com princípios de mediação intercultural (entre a cultura comunitária julgadora e submissa, dominante, e uma cultura de cuidado, generosidade e autodeterminação, emergente). Cada atividade pratica o direito de o grupo organizar o tempo coletivo, de questionar, de ficar em silêncio, de falar e ser escutado, de lembrar e ter acesso a memória, de tocar e ser tocado somente com permissão, de registrar e ser registrado somente com permissão, e de livre passagem.

Irupé – Espaços de cidadania

O projeto Irupé – Espaços de cidadania é desenvolvido na cidade de Belém (PA), com desdobramento em espaços pensados para grupos por faixa etária. Para os pequenos de 4 a 6 anos, em um total de 100, temos o foco na prevenção à violência em parceria com a ABRINQ. As crianças participam todos os dias no horário contrário ao horário escolar e têm atividades de contação de estórias, incentivo à leitura na sala de leitura e atividades lúdicas (jogos e recreação), que são utilizadas pelos educadores para prevenir, identificar, acompanhar e encaminhar os casos de violência.

Desde o ano de 2013, nossa proposta é proporcionar autonomia e empoderamento a crianças e adolescentes, oferecendo a eles a oportunidade de vivenciar a gestão do espaço onde realizam as atividades. Nos primeiros anos do projeto, eles se organizavam como uma cidade com Prefeito e vereadores, mas a partir de 2016, escolhemos outra forma de gestão, tendo sido criado um comitê gestor com dois representantes de cada grupo organizado por faixa etária. Este comitê se reúne mensalmente para levantar as demandas.Construindo um bairro de Leitores

Espaço Cultural “Nossa Biblioteca”
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Barão de Igarapé Miri

Desenvolvido em Belém (PA), o projeto Construindo um Bairro de Leitores nasceu para desafiar os baixos índices de leitura que caracterizam a sociedade brasileira e, em especial, a amazônica. Pretende empoderar jovens e crianças, em particular, e adultos em geral, fomentando o gosto pela leitura. O objetivo geral do projeto é promover a leitura como uma prática social e construir agentes transformadores de sua existência e da realidade social que o cerca, envolvendo alunos da Escola Barão de Igarapé Miri, por meio de círculos e ruas de leitura, e oficinas de dança, leitura, literatura e teatro.

Desde 2014, o projeto atua formando leitores proficientes, para que possam construir sua autonomia intelectual e se desenvolver como cidadãos críticos, participantes e conscientes de seus direitos e deveres; proporcionando aos nossos jovens e crianças uma visão crítica sobre sua realidade social, através de aulas passeio na comunidade para que conheçam sua própria história e desenvolvimento do território em vivem, criando um sentido de pertencimento e compromisso com a melhoria de suas condições individuais e sociais. Dessa forma, busca ressignificar a leitura como um caminho de realização e desenvolvimento humano, oportunizando a possibilidade de crescimento intelectual para a melhoria de sua comunidade e da sua existência.

No dia 27 de novembro, em cerimônia no auditório do Ibirapuera, em São Paulo, serão anunciados os seis projetos vencedores, com nova etapa de premiação. A categoria OSC em Ação terá quatro premiadas (1º lugar R$ 150 mil, 2º lugar R$ 140 mil, 3º lugar R$ 130 mil e 4º lugar R$ 120 mil). Na categoria Parceria em Ação, serão duas vencedoras. O 1º lugar recebe R$ 400 mil e o 2º lugar, R$ 360 mil, valores divididos igualmente entre a organização e a escola.


Confira aqui a lista dos 30 finalistas: https://educacaoeparticipacao.org.br/finalista-e-semi/13a-edicao-2018-finalistas/