Médicos poderão realizar consultas,
diagnósticos, e outros atendimentos a distância, por meio da internet, a partir
deste ano. Uma nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre
telemedicina está prevista para ser publicada nesta semana. A norma entrará em
vigor em maio.
A nova resolução prevê que a
consulta online poderá ser realizada entre médicos e pacientes que já tiveram
ao menos uma consulta prévia anterior. Antes, era possível que o paciente
tirasse algumas dúvidas por WhatsApp, mas não existia a possibilidade de consulta.
Esta ‘e uma das mudanças mais significativas da norma.
O atendimento virtual, porém,
deve obedecer a alguns critérios. No caso de atendimentos longos ou de
pacientes com doenças crônicas, a norma prevê ainda que haja ao menos uma
consulta presencial a cada quatro meses. Profissionais deverão manter ainda
arquivos de cada atendimento prestado a distância, em uma espécie de prontuário
médico virtual. A gravação deve ser autorizada pelo paciente. Caso o
profissional verifique que há risco de diagnóstico de doença grave, a consulta
pode ser interrompida para avaliação presencial.
Ao mesmo tempo em que representa
uma abertura para uma atuação na era virtual, o atendimento a distância tem
sido alvo de preocupação. O médico de família e comunidade, Mário Albuquerque,
que recentemente criou canais informativos no Facebook e Instagram que já
contam com mais de 2 mil seguidores explica que tem recebidos vários pedidos de
consultas e atendimentos pelas redes. “ Muitas pessoas vem, através das redes
sociais, me pedir diagnósticos e prescrições que necessitam de exames, como o
físico, por exemplo. É muito importante destacar que mesmo a nova resolução
prevê que este primeiro atendimento seja feito presencialmente. Esta mudança
ajudará muito no atendimento de áreas remotas e distantes, como no estado do
Pará, que tem um vasto território com localidades que muitas vezes os médicos
não conseguem chegar, mas é muito importante destacar que o exame presencial
ainda é a forma mais eficaz e segura de se realizar o diagnóstico e o
tratamento médico”, afirma. A nova resolução deverá entrar em vigor em maio
deste ano.