Há quatro anos, o diagnóstico de
diabetes foi um choque para Mezac Santos, que é líder de Portaria no Hospital
Regional do Sudeste do Pará - Dr. Geraldo Veloso (HRSP), gerenciado pela
Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, em Marabá
(PA). O primeiro sinal da doença foi percebido no trânsito: por alguns segundos
a vista "apagou" e ele não conseguiu enxergar nada enquanto dirigia.
Depois vieram a sede excessiva e as constantes idas ao banheiro. Hoje, Mezac
tenta controlar o problema com medicamento e, recentemente, decidiu retomar a
luta contra a balança, inscrevendo-se no Programa de Qualidade de Vida no
Trabalho desenvolvido pelo Serviço de Nutrição e Dietética e pelo Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho do Hospital.
"Eu entrei no Programa para reduzir
o peso justamente pelo diabetes, mas tenho dificuldade com disciplina. Quando
fico nervoso, desconto na comida. Estar acima do peso me trouxe outro problema:
um estresse crônico. Mas sei que a melhora depende só de mim", disse o
colaborador.
Como Mezac, mais de 12,5 milhões de brasileiros
sofrem com o diabetes, segundo o Ministério da Saúde. O País é o quarto com
maior número de pessoas acometidas pela doença no mundo, atrás da China, Índia
e Estados Unidos, respectivamente, de acordo com um levantamento do
International Diabetes Federation.
Nesta quinta-feira, 27/06, Dia Nacional
de Controle do Diabetes e o Dia Internacional do Diabético, o Hospital Regional
de Marabá promove um debate sobre os sintomas, as causas e o tratamento da
doença, com o objetivo de incentivar bons hábitos para prevenir ou tratar o
diabetes. A programação contará com a participação de uma nutricionista da
Unidade e terá como público os usuários ambulatoriais. A ideia é aproveitar o
momento em que eles aguardam a chamada para consulta médica e exame e orientá-los
sobre como melhorar a qualidade de vida.
Entenda a doença
O diabetes é uma doença crônica causada
pela falta ou má absorção da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas para
quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia, provocando o
aumento da glicose no sangue.
Os principais sintomas: aumento do
apetite, alterações visuais, impotência sexual, vontade constante de ir ao
banheiro, sede excessiva, infecções fúngicas na pele e unhas, feridas que
demoram a cicatrizar e distúrbios cardíacos e renais. Como fatores de risco
destacam-se obesidade, hereditariedade, sedentarismo, hipertensão, estresse
emocional e altos níveis de colesterol e triglicérides.
Se não for tratada de forma adequada, a
doença pode causar infarto, acidente vascular cerebral, cegueira, insuficiência
renal e amputação de membros, dentre outras consequências.
Serviço
Palestra educativa sobre o combate ao
diabetes
Quando: 27/06
Onde: Hospital Regional do Sudeste do
Pará (Rod. PA 150, s/n, em frente ao Centro de Convenções)