Projeto de piscicultura beneficia comunidades ribeirinhas

Iniciativa é parte do Programa de Educação Socioambiental da Mineração Rio do Norte - Foto Divulgação 

 A capacitação técnica e o engajamento de produtores são fatores que têm sido fundamentais para o avanço do Projeto de Piscicultura, que entra em sua quarta fase. A iniciativa é parte do Programa de Educação Socioambiental da Mineração Rio do Norte em cumprimento das condicionantes do Ibama e conta com assessoria técnica da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).

Atualmente, o programa beneficia oito famílias nas comunidades de Acapuzinho, Tarumã e Bacabal, que trabalham com a criação de tambaquis em tanques flutuantes. Cada família produz em média uma tonelada de pescado por ano. A produção é comercializada em Oriximiná, na feira do distrito de Porto Trombetas e na própria comunidade.

Além da renda, o projeto garante a segurança alimentar para as famílias envolvidas e também para os consumidores. “Os produtores recebem, periodicamente, assistência e capacitação técnica e participam de ações educativas. Tudo isso, contribui para uma produção dentro dos padrões de segurança alimentar, conferindo qualidade e confiabilidade ao produto”, ressalta Miguel Canto, técnico do Laboratório de Aquicultura da Ufopa.

Canto relata que ao longo dos três anos de atuação do projeto, já são percebidos importantes resultados como a melhora substancial na rampa do crescimento influenciando diretamente na precocidade da produção final e na qualidade do produto. “As famílias iniciaram recentemente uma etapa de investimento próprio, com recursos oriundos da atividade, objetivando dobrar a produção anual a partir do suporte técnico e o conhecimento adquirido”, informa.

Este ano, o projeto trouxe uma novidade: a diversificação da atividade rural. As famílias vêm recebendo orientações em outras atividades com o objetivo de variar a produção. Para tanto, receberam capacitação em outros segmentos, como oficinas de meliponicultura, que ensinaram técnicas como manejo e multiplicação do meliponário. Para 2020 o projeto prevê agregar valor ao pescado, oferecendo aos produtores oficinas de manipulação de alimentos e técnicas de defumação do pescado.