O transplante de uma das duas samaumeiras que estavam
localizadas no canteiro central da BR-316, no KM-3, ocorreu na manhã do sábado (1º). A
iniciativa inédita, desenvolvida pelo Governo do Estado por meio do Núcleo de
Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), na grande Belém, integra o
projeto de paisagismo da Nova BR que nos primeiros 10, 8 km prevê o plantio de
26 diferentes tipos de árvores e 1.594 mudas nos canteiros central e lateral da
rodovia.
O trabalho contou com a participação de
engenheiros e especialistas na área ambiental, além de representantes do
Departamento Estadual de Trânsito (Detran). A primeira árvore a ser
transplantada foi a menor, na tarde da sexta-feira (31), o que durou cerca de 2
horas. Já a árvore maior, foi retirada logo no início da manhã de sábado (1º) e
levou aproximadamente 6h todo o procedimento. Agora, as árvores passam a se
desenvolver em uma das pétalas do viaduto do Coqueiro, sentido Belém-Marituba.
Todas as etapas da ação foram realizadas
em cinco dias, períodos do dia e da noite, conforme o cronograma, para gerar
menor impacto no fluxo de veículos naquele trecho da BR-316. Também foi
necessário a poda total das árvores devido a uma passarela localizada a caminho
do destino das samaumeiras. A árvore maior possui em torno de 25 anos, tem 10
metros de alturea (sem folhagem) e pesa cerca de 15 toneladas. Já a menor, tem
em torno de 12 anos, atinge altura de 7 metros (sem folhagem) e pesa cerca de 5
toneladas.
Outras três samaumeiras, duas delas
localizadas na rodovia próximo ao viaduto do Coqueiro, e uma na área onde está
sendo construído o prédio do Centro de Controle Operacional (CCO) - no complexo
do Comando Geral da Polícia Militar, na Augusto Montenegro - também serão
integralmente preservadas devido a uma readequação no projeto e não precisarão
ser retiradas do local. O Ideflor-bio fará a doação de 10 mudas da mesma
espécie para o plantio no Parque do Utinga, área de conservação estadual.
A samaumeira é protegida por Lei do
Município de Belém nº 7.709/1994, que prevê a permanência da espécie existentes
nos logradouros públicos por integrarem o patrimônio histórico e ambiental da
cidade. "A gente reconhece o valor que essa espécie tem para o ambiente
urbano e rural. Ela se destaca entre as espécies e tida como a árvore rainha da
floresta", afirma Kleber Perotes, diretor de Desenvolvimento da Cadeia
Florestal do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do
Estado do Pará (Ideflor-Bio).