A recuperação do pequeno Pedro Henrique,
que nasceu no último dia 18, na Santa Casa foi motivo de felicidade para os
profissionais de saúde que atuam na UTI neo covid-19, e que cuidam dos
recém-nascidos de mães confirmadas ou suspeitas de infecção por coronavírus.
Pedro Henrique é o primeiro bebê a
receber alta da UTI neo Covid-19 da Santa Casa do Pará. Ele é filho de Daiane
Oliveira de Andrade (21) que veio do município de Traquateua com síndrome gripal
e deu entrada, no último dia 16, na UTI da Santa Casa em estado grave, onde
atestou positivo para a doença.
Daiane evoluiu bem ao tratamento e está
em casa, mas o Pedro Henrique, que nasceu no dia 18 com 2.480 kg, passou a ter
desconforto respiratório, e por isso ficou internado na UTI neo covid-19 até a
manhã desta terça-feira (28), quando recebeu alta.
A médica neonatologista da UTI, Andrea
Torres, explicou que Pedro Henrique nasceu bem, mas com o passar do tempo
apresentou dificuldades para respirar e por isso precisou ficar internado. Para
ela, a atuação qualificada da equipe, capacitada para o atendimento de
pacientes com covid-19, foi essencial para a recuperação do recém-nascido.
"Ele precisou ficar no oxigênio por
alguns dias, recebeu antibiótico e graças a Deus teve uma boa evolução. Hoje
ele recebeu alta, estamos muito satisfeitos com a sua evolução e felizes com o
atendimento da equipe, que tem que ser sempre muito precisa nesse tipo de
situação", ressalta a médica. "Pedro Henrique saiu bem graças a Deus
e foi entregue à avó, dona Joelma, pois a mãe ainda está se recuperando em
casa", conclui.
A mãe de Pedro Henrique, Daiane Oliveira
de Andrade, falou da dor de receber alta e ter que deixar o filho na UTI, mas
elogiou os profissionais que cuidaram deles durante o período que estiveram
internados. "Recebi um ótimo atendimento, os enfermeiros e os médicos da
UTI foram super dedicados e se esforçaram bastante para que eu melhorasse logo.
Para mim foi muito doloroso receber alta e ter que deixar meu bebê. Ele foi
super bem atendido, todo dia a médica que acompanhava ele me ligava para dizer
como ele estava. Foi uma emoção muito grande no dia que ligaram dizendo que ele
estava de alta, e depois de tanta luta, finalmente ele ia está aqui
comigo".
É importante lembrar que Organização
Mundial de Saúde (OMS) orienta as mães a continuarem amamentando, pois não há
comprovação de que o leite materno possa disseminar o novo coronavírus. E
reforça que o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade é
importante para fortalecer o sistema imunológico do bebê.