Crédito: Pedro Guerreiro / Ag. Pará
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No Dia Mundial da Doença de Chagas,
comemorado nesta terça-feira (14), a Secretaria de Estado de Saúde Pública
(Sespa) alerta para a importância das medidas de prevenção da doença que, no
Pará, tem como principal forma de transmissão o consumo de alimentos
contaminados, em especial o açaí.
A data 14 de abril faz referência ao dia
em que o médico Carlos Chagas, que era pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz
(IOC/Fiocruz) fez o primeiro diagnóstico da doença no Brasil, há quase 111
anos. E foi oficializada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no dia 28 de
maio de 2019 na Plenária Final da 72ª Assembleia Mundial da Saúde, encontro
anual que reúne ministros de Saúde dos 194 estados-membros da Organização.
Foi em 1909 que Chagas identificou, pela
primeira vez, o parasito Trypanosoma cruzi, causador da infecção, em uma
paciente moradora da cidade de Lassance, em Minas Gerais. De acordo com a
revista científica "Memórias do Instituto Oswaldo Cruz", "a
descrição do ciclo da doença de Chagas foi um dos feitos mais emblemáticos da
ciência brasileira. Além de caracterizar o agente causador da infecção e o
conjunto de sintomas, Carlos Chagas identificou o inseto transmissor: o
triatomíneo, popularmente conhecido como barbeiro".
Segundo o diretor de Controle de
Endemias da Sespa, Jorge Andrade, a data tem o objetivo de chamar a atenção
para o problema e fortalecer as ações de combate à doença, que é considerada
pela OMS como "doença tropical negligenciada". "O governo do
Estado, por meio da Sespa e, em parceria com os municípios paraenses, tem
trabalhado para manter a doença sob controle", afirmou o diretor.
De janeiro a 30 de março, o Pará teve
confirmados 48 casos de doença de Chagas, três casos a mais que em 2019. Os
casos ocorreram em 18 municípios, sendo que cinco municípios concentram a
maioria dos casos, são eles: Abaetetuba (07), Breves (06), Anajás (05), Belém
(05) e Limoeiro do Ajuru (05).