Janeiro, na área de saúde, é o mês
dedicado às ações de conscientização sobre a importância das questões
relacionadas à saúde mental. Realizada desde 2014, "Janeiro Branco" é
uma campanha nacional, com a mesma estrutura do "Outubro Rosa",
voltado à prevenção do câncer de mama, e "Novembro Azul", para o
câncer de próstata.
Ciente da necessidade da campanha para o
bem-estar social, o Governo do Pará desenvolve várias ações destinadas a tratar
e acolher pessoas com diagnósticos que afetam a saúde mental. A Secretaria de Estado
de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), por meio da Gerência de Promoção dos
Direitos da Juventude, em parceria com a Prefeitura de Breves, no Arquipélago
do Marajó, realizará entre os dias 13 e 15 de janeiro (quarta a sexta-feira), a
caravana de conscientização sobre a campanha "Janeiro Branco" no
município marajoara.
Haverá oficinas e discussões sobre temas
inerentes à campanha, como saúde mental e suicídio, e ainda atendimento
psicológico.
O governo estadual também trabalha em
outras frentes para promover a saúde mental, informa a diretora de Cidadania e
Direitos Humanos da Sejudh, Verena Arruda. "A Sejudh tem ações em várias
áreas de promoção, garantia e proteção dos direitos humanos. Mulheres, idosos,
LGBTQI+, indígenas, todos são atendidos pela nossa instituição para promover o
direito à cidadania, para que possam estar em condições de ter seus direitos
garantidos e, como consequência, ter boa sua saúde mental", destaca.
Ainda segundo a diretora, o adoecimento
mental de parte da população também é oriundo da violação dos direitos humanos.
"Quanto mais direitos o cidadão e a cidadã tiver garantidos, maior seu
bem-estar, diminuindo as consequências psíquicas dessas vulnerabilidades",
explica Verena Arruda.
Cultura e acolhimento - A Fundação
ParáPaz é outro órgão da administração estadual que atua para proporcionar
melhor qualidade de vida à população. O órgão tem como base a difusão da
cultura de paz, a promoção de políticas integradas de combate à exclusão social
e o fomento a ações no âmbito escolar, contribuindo para a prevenção da
violência juvenil e geração de emprego, renda e promoção da cidadania para a
juventude.
Segundo o presidente da Fundação
ParáPaz, Sidney Gouvêa, o quadro gerado pela pandemia de Covid-19 evidenciou a
importância de políticas públicas voltadas à saúde mental. Ele frisa que
"nós temos a missão de amenizar as sequelas emocionais, bem como as
físicas, em nossos pacientes. O nosso atendimento é clínico, já que realizamos
espaço entre sessões e retorno. A partir daí, busca-se avaliar se o paciente
está plenamente reabilitado".
O presidente reforça que a Fundação
atende mulheres e crianças vítimas de violência sexual. Nestes casos, os
pacientes iniciam a psicoterapia ainda na primeira etapa do processo de crise,
a fim de recuperarem a capacidade de dominar medo, ansiedade, angústia e outros
sentimentos que os fazem sofrer. Desta forma, é possível amenizar tanto os
sintomas psicológicos, quanto os físicos.
Outro órgão fundamental no enfrentamento
aos fatores que afetam a saúde mental é a Secretaria de Estado de Assistência
Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), que também atua para minimizar
danos. "Durante o período mais crítico da pandemia foi feito o acolhimento
emergencial da população em situação de rua (nas instalações do Estádio
Olímpico do Pará - Mangueirão)", ressalta a diretora de Assistência Social
da Seaster, Riane Reis.
A campanha "Janeiro Branco"
usa a simbologia do primeiro mês do ano, quando as pessoas estão mais propensas
a pensar nas relações sociais, emoções e no sentido da própria existência. E,
como em uma "folha ou tela em branco", elas podem ser inspiradas a
escrever ou reescrever suas histórias.