A pandemia de covid-19 tem sido um sério problema não só para a saúde, mas para diversos outros âmbitos da vida social. Suas sequelas vão além do adoecimento coletivo, da superlotação do sistema de saúde e do alto índice de mortes, causando também o desemprego, que se desdobra em outras dificuldades, aumentando os problemas já enfrentados diariamente pelas famílias brasileiras.
Entre as grandes vítimas desses efeitos da pandemia estão as mulheres. Quase metade dos lares brasileiros são sustentado por elas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas desde o início da pandemia, no ano passado, o Brasil registrou 8,5 milhões de mulheres a menos na força de trabalho, na comparação com o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados colhidos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua).
Além disso, segundo a pesquisa “Sem parar: o trabalho e vida das mulheres na pandemia”, produzida pela Hub Gênero e Número, em parceria com a SempreViva Organização Feminista, realizada entre abril e maio de 2020, 40% das mulheres afirmaram que a pandemia e a situação de isolamento social colocaram a sustentação da casa em risco.
Essa situação ilustra bem a realidade vivenciada por Eliete Silva, 30, moradora do bairro da Cabanagem em Belém. Auxiliar de cozinha, mãe de 2 filhos biológicos e de outros 2 do seu atual marido, ela conta que, desde o ano passado, vem enfrentando dificuldades redobradas em razão da pandemia. “Foi horrível, porque tive covid ano passado, a minha família toda teve e ficou bem ruim em termos financeiros. Graças a Deus, ninguém próximo morreu, mas foi muito difícil. Eu fui demitida ano passado e logo em seguida a empresa em que eu trabalhava fechou, veio à falência, e eu estou desempregada até o momento”, ela explica.
Eliete representa uma das famílias assistidas pelo Centro Social da Criança e do Adolescente Santa Edwiges, que oferece atendimento sociopedagógicos a crianças, adolescentes, jovens e suas famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social, em especial moradores da área da Grande Cabanagem, em Belém. “Meus filhos frequentam o Centro desde criança, começaram com o letramento. A minha filha já fez artesanato, curso de panificação, o que despertou nela o interesse por essa área da confeitaria. O meu filho entrou na musicalização, aprendendo instrumento. Graças a Deus e ao Centro, eles são adolescentes maravilhosos!”, conta Eliete.
Com o Dia das Mães se aproximando, Eliete comenta que ela não deseja ganhar perfume, produtos de beleza ou qualquer outro presente do tipo. O melhor presente que poderia receber, segundo ela, seria em relação ao sustento da sua família. “Assim, toda mulher gosta de andar bonita, cheirosa e coisa e tal, mas estamos em pandemia. Então, entre o alimento, a saúde e a beleza, eu prefiro a saúde e o alimento”, afirma.
Felizmente, o Centro Social Santa
Edwiges que assiste Eliete e sua família é uma das instituições contempladas
pela Campanha "Amor para compartilhar", realizada pelo Shopping
Metrópole Ananindeua, que está promovendo a doação de alimentos para famílias
em situação de vulnerabilidade social.
A atual presidente do Centro Social Santa Edwiges, Adriana Araújo, afirma que a Campanha veio em boa hora. "Estamos muito felizes em poder participar da campanha 'Amor para Compartilhar'. Sabemos que, nesse período, o que mais preocupa as mães é justamente a falta de alimentação para suas famílias. Hoje, atendemos cerca de 70 famílias e, quando fizemos uma pesquisa para saber o que elas gostariam de receber, o que mais elas estavam precisando, mais de 70% delas responderam cesta básica. E vimos nesse momento a esperança de poder ajudar várias famílias de uma comunidade carente. Só temos a agradecer ao parceiro Shopping Metrópole pela colaboração nesse momento tão difícil".
Além do Centro Social Santa Edwiges, a campanha também contempla o Instituto Cidadão do Pará (ICP), associação de defesa dos direitos sociais de pessoas em situação de vulnerabilidade, que atua, entre outras coisas, por meio da distribuição de alimentos a pessoas carentes, do amparo de crianças, adolescentes e idosos em situação de risco.
Segundo o atual presidente do ICP, Walcircley Alcântara, essa é uma parceria muito importante, principalmente na pandemia: "Muitas pessoas vêm sendo atingidas pela fome. Entre os nossos atendimentos, uma das grandes necessidades tem sido de alimento. Muitas pessoas ficaram desempregadas, perderam a saúde e estão passando muita vulnerabilidade social. A nossa expectativa é que a campanha venha a contribuir de maneira muito positiva e abençoada para todas as mães e todas as famílias. Em nome do Instituto, posso dizer que estamos muito agradecidos a Deus pela preocupação que o Shopping Metrópole está tendo com a nossa população de Ananindeua. Isso é solidariedade. Em um momento que precisamos de tanta empatia, é isso que estamos recebendo".
O Fundo Municipal de Assistência Social
(FMAS) de Ananindeua, ligado ao programa "Ananin Solidária", criado
pela médica e primeira-dama do município, Alessandra Haber, também está entre
as instituições beneficiadas pela campanha. O programa visa garantir a
segurança alimentar dos munícipes por meio da distribuição de cestas básicas
montadas a partir de doações voluntárias, sem fazer uso de dinheiro público,
ajudando pessoas que estão vivendo em situação de extrema pobreza.
A campanha “Amor para Compartilhar”
funciona da seguinte maneira: até dia 09 de maio, consumidores que acumularem
R$200 em compras têm direito a 1 cupom para concorrer a 20 vales-compra no
valor de R$1.000 (mil reais). A cada cupom concorrendo ao sorteio, o Shopping
Metrópole Ananindeua vai doar 1kg de alimento às instituições de proteção
social participantes.
SERVIÇO:
Campanha "Dia das Mães Shopping
Metrópole: Amor para compartilhar"
Período: até dia 09/05
Horário do Posto de Trocas: inicialmente
das 13h às 19h
Local: Shopping Metrópole Ananindeua – Rodovia BR-316, Km 4, 4500 – Coqueiro (PA)