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Crédito: Ascom / Detran |
A campanha 'Maio Amarelo: imprudência no
trânsito deixa marcas', realizada pelo Departamento de Trânsito do Estado do
Pará (Detran), quer reforçar a fiscalização e ações de prevenção que possam
ajudar a evitar acidentes.
O movimento nasce com uma só proposta:
chamar a atenção para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o
mundo. Ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil, tem como
objetivo colocar em pauta o tema da segurança viária e mobilizar toda a
sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas,
entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada para
efetivamente discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento,
abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige em diferentes
esferas.
Estatísticas - Para se ter uma ideia da
importância do tema, em 2020, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência
(HMUE) recebeu 4.562 pacientes vítimas de acidentes de trânsito. Em 2019, foram
4.367 vítimas da imprudência nas vias paraenses. Os principais acidentes são
causados por colisões de automóveis, com motocicletas e atropelamentos.
Em 2019, foram admitidos 1.622 pacientes
entre 15 e 29 anos vítimas de acidentes de trânsito na unidade. Já em 2020, no
mesmo período, o Metropolitano registrou 1.802 atendimentos de pacientes na
mesma faixa etária.
De janeiro a março de 2021, o Hospital
Metropolitano recebeu 997 pacientes vítimas de acidentes de trânsito. No mesmo
período de 2020, foram 1.039 vítimas da imprudência nas vias paraenses, ou
seja, uma queda de 4,04% desse tipo de atendimento.
No ano de 2019, o HMUE registrou 173
óbitos de pacientes vítimas de trânsito entre 15 e 29 anos. No ano seguinte, em
2020, foram 189 óbitos na mesma faixa etária.
O diretor do Detran, Marcelo Guedes,
inclusive explica que os dados podem estar defasados, já que o Ministério da
Saúde (MS) só atualiza os dados no meio do ano.
"Só agora em junho o MS vai
consolidar os dados de 2019. Para 2020 os dados são provisórios até julho, agosto
de 2020, não são consolidados. Isso inclusive tem a ver com o tempo de
internação, às vezes a vítima sofre um acidente morre 30, 50 dias depois. E é
preciso averiguar se essa morte teve como causa o sinistro ou outra
complicação. Até por isso é difícil a gente fazer uma avaliação real do efeito
da campanha", explica o gestor.
Motivos - Os fatores que mais causam
acidentes são: uso do celular, consumo de álcool, excesso de velocidade,
vulnerabilidade no trânsito, e no caso de motos, falta do uso de capacete.
Informações do MS mostram que os
acidentes no trânsito deixaram mais de 1,6 milhão de brasileiros feridos nos
últimos dez anos, e representaram um custo de cerca de R$ 2,9 bilhões para o
Sistema Único de Saúde (SUS).