Crédito: Bruno Cecim / Ag.Pará |
Todas as crianças tiveram alta no dia seguinte ou, terão, no máximo, em 48 horas. De acordo com o secretário de Saúde Pública do Pará, Rômulo Rodovalho, a ação é importante para a população do estado do Pará, sobretudo pelo pioneirismo: "Essas crianças foram operadas e nós já estamos trabalhando para ter esse serviço à disposição na rede hospitalar do estado. Vieram vários especialistas de diversos lugares do Brasil, então são médicos renomados que trouxeram, que agregaram ao valor da medicina, ao valor dos nossos profissionais, aqui do Pará, que já são muito conceituados", disse o gestor.
Pacientes
O presidente da Santa Casa, o
anestesista Bruno Carmona, explica que, por o serviço de cirurgia para correção
de deformidade das mãos ainda não ser estabelecido em nenhum estado da
federação, o Mutirão apresenta caráter de "pontapé inicial":
"Como, no nosso perfil, atendemos cirurgia pediátrica, nós conseguimos a
parceria com as entidades e associar à questão ortopédica, para criar este
marco, providenciando todos os insumos e a estrutura física, para operar esses
pacientes. Após isso, passa a ser uma ação da Secretaria de Saúde (Sespa), para
se dinamizar o tratamento rotineiro", pontua.
É o caso de Mikaely Silva, 10, do
município de Alenquer, no Baixo Amazonas. Estudante do 4º ano do ensino
fundamental I e ticktocker (@smikaemeireles). Ela nasceu com uma série de
malformações, incluindo atrofias e anormalidades em ambas as mãos. "Com os
tratamentos, vou melhorando. Meu plano é ser doutora. Doutora de bichos,
veterinário", comemora, enquanto cuida da gatinha Vivi e da cachorra Fada,
seus animais de estimação.
Conforme o médico Rui Barros, a
iniciativa visa a ensejar funcionalidade, saúde e qualidade de vida para
crianças que desde o nascimento enfrentam sérias dificuldades de inserção
social, aprendizado e movimentação.
José Henrique Souza, de nove anos, por exemplo, de Barcarena, no nordeste do Pará, vai para casa com um sonho bem específico: "Quero ser goleiro", anima-se.
Parceria
O acompanhamento ambulatorial em médio e longo prazos foi encaminhado para o CIIR, pelo sistema de regulação da Secretaria de Saúde Pública (Sespa).
A ação social tem parceria também da
Sociedade Paraense de Pediatria (Sopape) e Sociedade de Anestesiologia do
Estado do Pará (Saepa), com patrocínio coajuvante da iniciativa privada.