 |
Ney e Rose Demétrio - Arquivo pessoal |
Neste sábado (12), Dia dos Namorados,
vamos conhecer duas histórias de amor que nasceram e amadureceram em períodos
distintos de um grande projeto mineral, que é desenvolvido no distrito de Porto
Trombetas, município de Oriximiná, em pleno coração da Amazônia. Uma delas
começou em 1986 entre um jovem casal de amigos, que se conheceu neste distrito
e quase foi interrompida quando o rapaz precisava retornar para Belém (PA). A
“carta na manga” para mudar o destino deles foi um pedido de casamento. “Depois
de passar seis meses como estagiário técnico da área Eletrônica na mina da
Mineração Rio do Norte (MRN), eu precisava voltar para Belém porque não tinha
oportunidade para ser contratado na época. Como eu já gostava muito da Rose, eu
a pedi em casamento porque, com esse compromisso, eu poderia voltar para ficar
com ela em Porto Trombetas”, declara Ney Demétrio, 54 anos.
Alguns anos depois, a professora Rose
Demétrio, 52 anos, e Ney retornariam casados e com a filha Loyana, hoje com 33
anos, para Porto Trombetas, onde vivem até hoje. Esse romance estava mesmo
destinado a acontecer porque Ney nasceu em Tucuruí (PA), foi para Belém com
seus pais quando tinha 5 anos e lá ficou até os 19 anos, quando surgiu a
oportunidade de estágio na MRN, em Porto Trombetas. Eles se conheceram durante
encontros com amigos em espaços de lazer, jogos no ginásio do distrito e em
festas de aniversário. Começou como amizade, cresceu e virou uma persistente
história de amor. “Sempre que a gente se encontrava em aniversários, conversávamos
e nossa amizade foi aumentando até começarmos a namorar. Me apresentei aos
familiares dela e a pedi em namoro”, conta Ney.
Depois de seis meses, surgiu o dilema da
possível separação do casal com a volta de Ney para Belém. Mas a persistência
dele e de Rose foi maior que a resistência dos pais dela que, inicialmente, não
aprovavam o pedido de casamento porque os dois eram muito jovens. “Ela levou a
proposta para os pais dela, que achavam que o casamento não poderia acontecer
porque ela tinha 18 anos e eu 19 para 20 anos. Mas, faltando um mês para eu ir
embora, nós conseguimos ficar noivos”, lembra.
Quando Ney retornou para Belém, em 1987,
recebeu uma oportunidade para trabalhar em um projeto mineral na Serra de
Carajás, que viabilizou o sonho do casamento e de morar juntos. “Consegui um
emprego em uma grande mineradora, na Serra de Carajás. Chamei a Rose para ir
comigo e passamos dois anos e meio lá, onde também nasceu nossa filha Loyana”,
conta. Em 1989, quando o casal e a filha estavam de férias em Porto Trombetas,
mais uma agradável surpresa: uma nova e promissora oportunidade na MRN.
“Surgiram várias vagas, fiz entrevistas e consegui uma vaga como técnico em
Eletrônica na área de beneficiamento de minérios, onde passei 8 anos. Depois,
em 1998, fui promovido como assistente de Engenharia e depois fui promovido
para gerente Técnico de Mina, onde trabalhei 27 anos. Em 2016, fui convidado
para assumir como gerente técnico de Manutenção da Usina de Geração do Porto da
MRN. Agradeço muito a empresa, porque ela acredita muito nos empregados,
incentiva a ser criativo e participativo para crescer bastante aqui dentro”,
comenta Ney. Paralelamente, Rose trilhou sua evolução de carreira como
professora e gestora de uma escola em Porto Trombetas.
A construção planejada de suas
trajetórias profissionais em projetos minerais e na educação proporcionou o
bem-estar da família diante de eventuais desafios imprevistos, superados neste
inspirador relacionamento, que soma 35 anos. “Em 2015, a Rose teve um AVC e
passamos por momentos muito delicados. Ela esteve internada por longos dias,
perdeu, temporariamente, a memória e o mais complicado para a gente foi quando
ela perdeu os movimentos e ficou sem andar. Foi uma das maiores provações que
já passamos. Mas estivemos juntos em sintonia e, com muita fé, vencemos. Hoje,
mais do que nunca, procuramos administrar nossas vidas pessoais e profissionais
com muita garra e de forma independente. Durante o nosso horário de expediente,
focamos no trabalho. Em casa, buscamos nos divertir. Nós gostamos de aproveitar
o que a vida oferece de melhor. Desde que chegamos aqui, tivemos maior
estabilidade e conquistamos muitas coisas. Já viajamos por muitos lugares e
países, passamos por altos e baixos, mas guardamos os momentos felizes e convertemos
os desafios em coisas boas. Aqui, podemos planejar nosso bem-estar para o
presente e o futuro”, relata.
Para garantir a longevidade do
relacionamento, Ney cita a gratidão pela garra e dedicação da esposa Rose. “Por
me acompanhar e estar sempre do meu lado para conquistarmos tudo o que temos.
Espero que a gente consiga passar muitos anos juntos, sorrindo e compartilhando
saúde e felicidade”, assinala. Para Rose, o amor e a responsabilidade com o
compromisso assumido antes dos dois começarem mesmo a vida profissional fez
toda a diferença. “Éramos jovens, mas tínhamos muita responsabilidade. O
segredo para um casamento tão duradouro é companheirismo, respeito, parceria e
muito amor”, acredita.
 |
Fabrícia, Yanto e os filhos Pedro e José Luís |
Amizade e afeto marcam
relacionamentos em Porto Trombetas
A intensa convivência de amizade e
afeto que é compartilhada pelas pessoas que vivem em Porto Trombetas foi
determinante para aproximar o casal Fabrícia, 41, e Yanto Araújo, 47, que, em
2004, se conheceram durante eventos sociais com amigos em comum e, depois de
três meses de namoro, decidiram já planejar o casamento.
Na época, Fabrícia, que é de Belém
(PA), trabalhava como trainee na área de Compras da MRN, e Yanto, de Belo
Horizonte (MG), trabalhava como gerente regional de uma empresa de Facilities,
que prestava serviços para a MRN. “A convivência em Trombetas é sempre intensa
com amigos porque, geralmente, os familiares moram em outras cidades. Então, nos
finais de semana estávamos sempre juntos. Assim, o namoro rápido virou uma
relação intensa, que amadureceu. Foram 3 meses de namoro e depois ficamos
juntos, moramos juntos e casamos”, relata Fabrícia.
De trainee, Fabrícia construiu
carreira como compradora na MRN, onde viveu duas fases: de 2004 a 2015, quando
saiu da empresa, e retornou em 2020, para reforçar o time de Compras durante a
pandemia. Yanto saiu da terceirizada e foi contratado para a área de Projetos
da MRN em 2008 e, desde 2020, passou para a gerência de Infraestrutura da
empresa. Paralelamente, a família também foi crescendo com os nascimentos dos
filhos José Luis, 13 anos, e Pedro, 7 anos.
Com a oportunidade do teletrabalho na
empresa, o casal passou a morar em Belo Horizonte em dezembro do ano passado.
“Para a gente, nunca foi problema trabalhar na mesma empresa porque pouco
comentamos questões de trabalho e fica tudo certo. E a MRN tem relação direta
com a nossa vida toda, pois foi por eu trabalhar lá e o Yanto trabalhar em uma
terceirizada que nos conhecemos. Todos os nossos desafios e conquistas pessoais
e profissionais têm uma relação com a mineração, que sempre foi uma escola
profissional e de vida, o que nos deixa muito felizes e pela qual temos uma
gratidão imensa”, comenta Fabrícia.
Na vida familiar, são o amor e o
respeito na medida certa que mantêm os 17 anos do relacionamento entre Fabrícia
e Yanto. “Parece clichê, mas a pura verdade é que só o amor pode fazer qualquer
relação durar e, em um casamento, muito amor e respeito. Temos afinidades e
divergências também, mas, no geral, amor e respeito equilibram tudo”, completa
Fabrícia.