Luciano de Queiroz Santos Junior (c) se apresentou ao delegado - Foto Ascom/PC |
A Polícia Civil cumpriu, nesta quinta-feira,
24, mandado de prisão preventiva decretada pela Justiça contra Luciano de
Queiroz Santos Junior, dono do centro de reabilitação de dependentes químicos
"Força do Querer", localizado no distrito de Mosqueiro, em Belém. Ele
é acusado de lesão corporal seguida da morte de um adolescente de 15 anos que
era tratado no estabelecimento. Luciano se apresentou com advogado, no final da
manhã, ao delegado Benedito Magno Costa, da Seccional Urbana de Mosqueiro, onde
prestou depoimento e negou o crime. Ele acusa outros internos do centro de
reabilitação.
O delegado explica que o advogado entrou em
contato pela manhã, comprometendo-se a apresentar o acusado. Ciente do mandado
de prisão preventiva decretado pela Comarca de Mosqueiro, Luciano Junior foi
conduzido para o presídio de Mosqueiro, onde vai ficar recolhido à disposição
da Justiça para responder pelo crime. Luciano é acusado de espancar um
adolescente no final do mês passado. O rapaz, que era tratado da dependência
química no centro de reabilitação, morreu no último dia 2, após permanecer
internado. As investigações apontaram o dono do centro como responsável pelas
agressões físicas sofridas pela vítima e que resultaram na morte do rapaz.
Durante a fase policial, Luciano Junior foi
intimado a comparecer na Seccional para prestar depoimento, porém não
compareceu e fechou as portas do centro de reabilitação. Depois, ele não foi
mais encontrado no distrito de Mosqueiro. Diante disso, o delegado representou
pela prisão preventiva do acusado, que passou a ser considerado foragido da
Justiça. O atestado de óbito mostra que a causa da morte foi anemia aguda,
hemorragia interna e politraumatismo.
No dia em que ocorreram as agressões, o
delegado esteve no centro de reabilitação e ouviu relatos de internos do local,
que testemunharam as agressões praticadas pelo dono do estabelecimento contra a
vítima. Eles relataram que foi preciso intervir para que Luciano Queiroz
parasse de agredir o rapaz. O motivo do espancamento seria o desaparecimento de
um telefone celular dentro do centro de reabilitação. Segundo o delegado, como
o inquérito já foi concluído, Luciano Junior será ouvido agora na Justiça sobre
as acusações e vai apresentar sua defesa diante de um juiz, assim como, as
demais testemunhas ouvidas durante as investigações.