Com a finalidade de aumentar o
número de doadores para o banco de sangue do Hospital Ophir Loyola e
conscientizar a população sobre a importância desse ato, o HOL realizará na
próxima sexta-feira (16), das 8h às 17h, em parceria com a Fundação Hemopa, a
campanha “Neste Natal seja o Papai Noel de Alguém! Doe Sangue! Doe Vida de
Presente!”, com toda uma estrutura para a captação montada no ambulatório do hospital.
A ação tem como metas a efetivação de 120 doações e a retomada da captação
hospitalar, realizada em anos anteriores, para envolver todos os atores
relacionados direta e indiretamente com a temática.
Para o assistente social da
Fundação, Rian Sousa, que acompanha o projeto de captação hospitalar do HOL, a
campanha não resolve a demanda total de sangue, mas é uma forma de sinalizar
para a sociedade sobre a necessidade de abastecer a instituição e sobre a
importância de uma cultura de doação no Pará.
“O sangue não é responsabilidade
apenas do paciente, é compromisso institucional e de todos envolvidos com a
saúde pública estadual. Em razão disso, elegemos um dia para que a coleta seja
realizada internamente, com a participação de servidores e da comunidade do
entorno da instituição, como uma forma da gente abraçar e atender a demanda dos
pacientes do Ophir Loyola”, explicou.
Na rede de saúde pública do
Estado, o hospital é referência no tratamento do câncer e, devido ao perfil de
assistência, tem uma das demandas mais altas de transfusão. Os maiores
consumidores de sangue são os pacientes com doenças linfáticas malignas,
principalmente os acometidos por leucemia - doença originada na medula óssea -
que atinge as células sanguíneas chamadas de leucócitos e impede o
funcionamento normal do organismo.
Para atender os pacientes
internados, o hospital possui uma Agência Transfusional responsável pela
distribuição dos hemocomponentes nas clínicas. Em média, esse serviço assiste
700 pacientes e realiza 1400 transfusões por mês. O perfil diferenciado
dificulta a reposição do estoque junto ao Hemopa, dificilmente o HOL consegue
repor os 50% estipulado pela Fundação, conforme explica a enfermeira Leonice
Assunção.
“Na maioria das vezes falta uma
educação continuada em relação à hemoterapia. As pessoas desconhecem a
importância da doação de sangue, tem a questão de doar só para quem conhece ou
para parentes e esquecem que essa oferta é um fator social. A base desse
trabalho é a reposição, quando alguém passa por transfusão, o sangue utilizado
tem que ser reposto”, detalha a enfermeira.
Ainda segundo Leonice, há outros
agravantes. Cerca de 80% dos pacientes internados não possuem amigos ou
familiares em Belém. “A maioria é do interior e depende da solidariedade de
pessoas que nunca viu. As doenças sazonais como a dengue, zika e chikungunya
dificultam muito a reposição. Os períodos recorrentes dessas epidemias na
cidade, principalmente neste ano, reduziram de forma significativa o número de
doadores. Mesmo com as campanhas intensas no hospital, temos uma baixa
reposição do estoque solicitado ao Hemopa”, informou.
Serviço: O HOL fica na Avenida
Magalhães Barata, nº 992, em São Brás.
Quem pode doar - Pessoas com boa
saúde, que tenham entre 16 e 69 anos e pesem acima de 50 quilos. Menores de 18
anos podem doar somente acompanhados dos pais ou responsável legal. É
necessário portar documento de identidade original, assinado e com foto. O
doador dever estar bem alimentado. O homem pode doar a cada dois meses e a
mulher, a cada três. A exemplo de outras campanhas externas, haverá uma equipe
para a triagem dos doadores.