Cuidado precisa ser redobrado no período de chuva - Foto Antônio Cícero - Todos os direitos reservados |
Com as mudanças climáticas que acontecem durante o inverno amazônico, é comum aumentar o movimento nos postos de saúde, já que o período chuvoso vem acompanhado de algumas doenças virais, como gripes, resfriados e outras, bastante incidentes nesse período do ano. O cuidado, então, precisa ser redobrado, principalmente, com os que fazem parte dos grupos considerados de risco: idosos, gestantes, crianças menores de dois anos e portadores de doenças crônicas – como diabetes e hipertensão. Além das doenças virais e respiratórias, é importante também que a população esteja atenta para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e do zika vírus.
“Devido ao período de chuva, a procura
pelos serviços de saúde acaba aumentando. Para evitar que o quadro clínico se
agrave, é necessário que a população busque atendimento logo nos primeiros
sintomas, que, em geral, são febre, dor no corpo e também dor de cabeça”,
alerta a chefe da Divisão Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde
(Sesma), Verone Borges.
Manter uma boa alimentação e evitar
alterações bruscas de temperatura são atitudes simples que ajudam o organismo a
se manter saudável. “Uma maneira fácil para se prevenir dessas doenças é lavar
frequentemente a mão com água corrente e sabão; evitar lugares aglomerados e
estar com a vacinação em dia. Essas são formas de se precaver e evitar o
contágio”, reforça.
O coordenador do Instituto Nacional de
Meteorologia (INMET), José Abreu de Sousa, esclarece que esse período chuvoso,
conhecido como inverno amazônico, inicia-se em dezembro e segue até o mês de
maio. As chuvas são ocasionadas pelo fenômeno natural “La Niña”, que consiste
na diminuição da temperatura na superfície das águas do Oceano Pacífico.
“Os oceanos são responsáveis e
influenciam diretamente na regularidade das chuvas. Nesse período, a população vai
sentir um inverno mais rigoroso por conta da grande quantidade de nuvens. Se
compararmos com o ano passado, por exemplo, as temperaturas estão mais baixas durante o dia todo”,
explicou o coordenador.
Aedes - Além dos cuidados com o corpo, a
população tem que ficar atenta e evitar locais propícios para a proliferação do
Aedes aegypti, já que a prevenção é a melhor escolha para evitar as doenças
transmitidas pelo mosquito. Manter a caixa d’água sempre fechada, não deixar a
água da chuva acumular na laje e colocar areia nos pratos dos vasos das plantas
são fundamentais para combater o vetor.
Cerca de 800 agentes de Controle de
Endemias, da Prefeitura de Belém, realizam diariamente visitas domiciliares em
todos os distritos da cidade, com objetivo de eliminar possíveis focos do
mosquito transmissor. O Disque Endemias (3344-2466), da Divisão de Controle de
Endemias, está à disposição da população para solicitações de vistorias ou
denúncias de locais propícios à proliferação do Aedes aegypti.