Em um ano, 30 mil pessoas aderem ao projeto de bicicletas compartilhadas

Foto Agência Belém

 A frase “é como andar de bicicleta, a gente nunca esquece” tem feito sentido na vida do professor de educação física aposentado Waldir Brandão, de 66 anos. Todas as manhãs ele sai de casa, no bairro da Cidade Velha, para praticar atividade física na orla de Belém, no Portal da Amazônia, e a bicicleta tem sido a melhor escolha.

Em média, as pedaladas duram entre uma e duas horas, e já fazem parte da rotina do aposentado, que optou pelo esporte para se manter longe do sedentarismo. “Pedalar sempre foi muito bom, a gente aprende quando criança e leva para a vida toda”, garante seu Waldir, que ganhou a companhia do neto Pietro Brandão, de 14 anos.

“Eu convido minha esposa, mas ela sempre tem uma desculpa. Quando não é a roupa, é o cansaço, então eu venho só ou trago um neto comigo. O que não posso é deixar de praticar um esporte, pois preciso manter o corpo e a mente saudáveis”, diz.

A bicicleta que o aposentado utiliza para a prática da atividade física pertence ao projeto Bike Belém, que há um ano chegou à capital paraense por meio de uma parceria entre Prefeitura de Belém e Hapvida Saúde. A iniciativa propôs uma cultura alternativa para o transporte público, com a qual as pessoas pudessem cuidar da própria saúde e do meio ambiente utilizando um meio não poluente.

Belém foi a primeira cidade da região Norte do Brasil a ter um sistema de bicicletas compartilhadas. E desde 2016 a população tem recebido o estímulo para desenvolver hábitos mais saudáveis e um cotidiano menos sedentário, atrelados a uma forma diversificada, ágil e segura de mobilidade urbana, por meio do uso das bicicletas.

Seu Waldir faz parte dos quase 30 mil usuários inscritos no sistema Bike Belém e comemora o fato de poder usufruir do serviço, de forma segura. “Achei a ideia muito simples, porque a gente só precisa estar cadastrado para poder ir até um dos pontos da cidade e retirar a bicicleta. Além disso, o que me deixou mais tranquilo foi saber que existe um controle através de um chip”, completa o aposentado.

Ao todo, onze estações estão distribuídas pelos bairros de Belém, como Cidade Velha, Jurunas, Umarizal, Batista Campos e Campina. Na avaliação da diretora de comunicação e marketing da Hapvida, Simone Varella, o sistema Bike Belém, neste primeiro ano, não poderia ter dado melhor resultado.

“Somente na primeira semana, tivemos uma média de inscrições e uso das bikes que foi três vezes maior que as nossas estimativas. Nas primeiras horas de funcionamento das bikes, mais de mil pessoas se inscreveram no projeto, por meio do aplicativo para celular. Temos muito a agradecer à população por ter integrado as bicicletas à rotina da cidade de forma tão carinhosa e, acima de tudo, batalhando pela preservação e conservação deste bem, que é de toda a comunidade”, afirma Simone Varella.


Para o titular da Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel), Deivison Alves, o projeto reúne vários ingredientes para a promoção de uma melhor qualidade de vida. “Por meio da iniciativa, a população tem sido beneficiada com mais uma opção de lazer e prática esportiva. Outro fator que contribui são os vários pontos espalhados na cidade, ao alcance de todos. Ou seja, é mais um caminho para afastar o sedentarismo”.

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