O Centro Hospitalar Jean Bitar
vai inaugurar uma Agência Transfusional (AT) dentro de seu complexo médico, em
parceria com a Fundação Hemopa, para agilizar o atendimento dos pacientes que
necessitam de transfusão durante procedimentos cirúrgicos, garantindo mais
tranquilidade e segurança aos usuários. A entrega do novo espaço, que contará
com equipamentos de última geração, está prevista para a próxima quarta-feira
(01). O novo serviço consiste em uma unidade hemoterápica que tem como função
armazenar sangue e seus hemoderivados – concentrado de hemácias, plaquetas e
plasma humano – realizar exames imuno-hematológicos pré-transfusionais, liberar
e transportar os produtos sanguíneos para transfusões.
“A média de consumo de bolsas de
sangue aqui no ‘Jean Bitar’ atualmente é de 60 por mês, mas a Agência
Transfusional terá capacidade para armazenar até 100 bolsas. Projetamos esta AT
pensando no futuro, pois a tendência é essa média aumentar diante da oferta de
especialidades do hospital”, explica o diretor do executivo do hospital,
Giovani Merenda.
Demanda
A AT do “Jean Bitar” se somará às
unidades da hemorrede estadual, que atualmente é composta pelo hemocentro
coordenador e pela unidade de coleta do Castanheira, ambos em Belém; os
hemocentros regionais de Castanhal, Marabá e Santarém; os hemonúcleos em
Abaetetuba, Altamira, Tucuruí, Redenção e Capanema; além de 44 agências
transfusionais espalhadas pela capital e interior do Estado, que corresponde a
uma cobertura de 90%.
Hoje, o hospital conta com 70
leitos e é referência estadual para procedimentos de endoscopia digestiva alta
e colonoscopia, cirurgia gastrointestinal, entre outras especialidades
clínicas.
De maio a dezembro de 2016, o
“Jean Bitar” realizou 27.301 atendimentos ambulatoriais, 975 cirurgias e 1.115
internações por unidade. Foi essa demanda de atendimento que exigiu a
implantação da AT.
Por conta de um quadro de
desnutrição, a arquiteta Gisele Delgado, 33, internada no hospital, precisa de
transfusões sanguíneas. A notícia da implantação da AT a deixou mais tranqüila.
“Acredito que agora o atendimento vai ser mais ágil, porque antes eu tinha que
esperar a minha bolsa vir de outro lugar. Agora não, porque ela já vai estar
aqui à minha disposição. Isso me dá mais segurança, porque pra me recuperar eu
necessito de transfusões”, comenta.
“A manutenção da vida dos
pacientes depende da eficiência do serviço. Com uma Agência Transfusional aqui
o tempo de resposta diminui e a qualidade do que oferecemos aumenta. Hoje nós
gastamos de uma a três horas até que a bolsa de sangue esteja disponível, mas
com este serviço o tempo cai para, no máximo, 30 minutos”, explica a
coordenadora de Enfermagem, Solange Antonelli.
Investimentos
Além da Agência Transfusional, o hospital
tem se dedicado a ampliar a capacidade de atendimentos. Também estão previstas
para a primeira semana de fevereiro a entrega da área de recepção do público
totalmente reformada e a inauguração de cinco ambulatórios médicos.
“Estes cinco ambulatórios serão
somados a outros quatro, e ajudarão a agilizar ainda mais o atendimento. Já a
recepção será repaginada para dar mais conforto a familiares e amigos de
pacientes internados. Em abril do ano passado, tínhamos uma demanda reprimida
de cerca de 800 pacientes com diagnóstico de problemas de cabeça e pescoço,
mas, agora essa demanda caiu para cerca de 200, o que demonstra que os
investimentos feitos já trouxeram resultados”, finaliza o diretor.