IFC e FGV apresentam diretrizes para investimento na Amazônia

A International Finance Corporation (IFC), do Grupo Banco Mundial, e o GVces (Centro de Estudos em Sustentabilidade) da FGV/EAESP (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas) abriram consulta pública sobre um conjunto de diretrizes para planejamento, implementação e operação de grandes projetos de infraestrutura na Amazônia.

As orientações foram construídas ao longo de 2015 e 2016 e contaram com a participação ativa de mais de 300 pessoas, representantes de mais de 130 instituições e lideranças de diversos setores (governo federal, governos locais, bancos, universidades, representantes de comunidades tradicionais, povos indígenas e quilombolas, organizações da sociedade civil, investidores, setor privado), que compartilharam em oficinas, fóruns e grupos de trabalho experiências e aprendizados para a criação de relações mais harmônicas entre os grandes empreendimentos e os territórios que os recebem.

A consulta, que termina em 12 de fevereiro de 2017, aborda os seis eixos temáticos trabalhados no processo participativo:
Planejamento e Ordenamento Territorial
Capacidades Institucionais
Instrumentos Financeiros
Povos Indígenas, Comunidades Tradicionais e Quilombolas
Crianças, Adolescentes e Mulheres
Supressão Vegetal Autorizada

Contexto

A região amazônica deve receber nos próximos anos vultosos investimentos em obras de infraestrutura, como hidrelétricas, portos, mineração e corredores logísticos, como forma de alavancar o desenvolvimento regional e a economia do Brasil. Ao mesmo tempo, há um extenso histórico de conflitos na realização desses projetos, ao passo que a região amazônica em geral ainda convive com alguns dos piores indicadores sociais do País.

Além disso, as tendências de flexibilização do licenciamento ambiental apontam para aumento dos riscos associados aos impactos socioambientais, tanto para comunidades locais quanto para empresas, governos e financiadores.

O processo de consolidação das diretrizes surgiu como uma oportunidade para que os mais diversos públicos afetados por decisões no tema e na região dialogassem e reunissem aprendizados para sistematizar melhores práticas para mitigar riscos para empresas, investidores e comunidades afetadas.

Acesse aqui: http://consulta-grandesobras.gvces.com.br/