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| FOTO: Alessandra Serrão - NID/Comus |
Depois de mais de 20 meses sem
reajuste, iniciou oficialmente a discussão da nova tarifa de ônibus urbanos de
Belém. Nesta segunda-feira 16, as 18 entidades que fazem parte do Conselho
Municipal de Transporte de Belém se reúnem na sede da Semob, às 15h, com o
intuito de discutir uma pauta onde consta a atualização dos valores das tarifas
do serviço de transporte público de passageiros aprovada pelo Conselho de
Transportes em 21/06/2016.
Duas planilhas técnicas, com as
propostas de reajustes elaboradas pelo Setransbel e Semob, serão discutidas. O
Sindicato das Empresas de Ônibus de Belém propõe reajuste da tarifa dos atuais
R$ 2,70 para R$ 3,42 com um aumento em torno de 26%, segundo o Dieese/PA. A
justificativa do setor patronal para esta proposta esta na defasagem da tarifa
em mais de 20 meses e no aumento de custos dos vários itens que compõem a referida planilha,
principalmente dos combustíveis, peças, pneus e despesas de pessoal (salário
dos motoristas e cobradores) etc. Segundo o Dieese/PA somente os combustíveis
já tiveram reajuste no período analisado em percentuais em torno de 15%.
A Semob - Superintendência
Executiva de Mobilidade Urbana de Belém - propõe um reajuste menor que o do Setransbel
com elevação da tarifa dos atuais R$ 2,70
para cerca de R$ 3,15 com um reajuste de cerca de 17%. O ultimo reajuste
da tarifa de ônibus urbanos de Belém ocorreu em 14/05/15 quando a passagem
passou de R$ 2,40 para os atuais R$ 2,70. No ano passado, muito embora o
Conselho Municipal de Transporte tenha aprovado o reajuste da tarifa em Belém,
o prefeito Zenaldo Coutinho não fez a homologação. Com a atual tarifa de R$
2,70, o usuário de transporte coletivo na Grande Belém que utiliza duas
conduções diárias e não tem vale transporte, paga por mês R$ 129,60 com um
impacto em relação ao salário mínimo de 13,83%.
A seguir a simulação feita pelo Dieese/PA
sobre os impactos no bolso dos assalariados paraenses com as propostas
apresentadas pela Semob e Setransbel
- Proposta Setransbel: Passagem
de R$ 3,40 com reajuste de cerca de 26%;
Impactos: O gasto mensal do usuário
passaria dos atuais R$ 129,60 para R$ 163,20 e o impacto em relação ao salário mínimo
saltaria dos atuais 14% para aproximadamente 17,42 %;
- Proposta Semob: Passagem a R$
3,15 com reajuste de cerca de 17%;
Impactos: O gasto mensal do usuário
passaria dos atuais R$ 129,60 para R$ 151,20 e o impacto em relação ao salário
Mínimo saltaria para aproximadamente
16,14 %;
