Sedentarismo, má alimentação e maus hábitos são os principais causadores de um dos carcinomas mais comuns no Brasil







O câncer colorretal é o quarto mais diagnosticado ao redor do mundo, de acordo com o relatório Globocan de 2012. No Brasil, o INCA (Instituto do Câncer) previu que, em 2016, que a doença tivesse cerca de 34 mil novos casos, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. Não há como não relacionar os hábitos modernos com o aumento da incidência desse câncer. O sedentarismo e a má alimentação são os principais fatores de risco, juntamente ao tabagismo e o consumo excessivo de álcool. “5% dos casos estão relacionados à síndrome genética, e esses casos são mais abordados por estarem relacionados à pólipos, cânceres”, afirma o Dr. Alexandre Fonoff, gastroenterologista do Hospital Samaritano de São Paulo.

Quando se fala nas formas de prevenção desse câncer cada vez mais comum, existem duas vertentes. A prevenção primária é a prática rotineira de atividades físicas em conjunto com uma alimentação balanceada e saudável. “A base das refeições deve ser de vegetais, cereais, fibras e proteínas magras”, aconselha o especialista. “O consumo de carne vermelha é permitido, mas de forma moderada”.

Já a prevenção secundária foca no que o Dr. Alexandre chama de “vacina”, e é adotada por pessoas que estão expostas aos fatores de risco, ou seja, quem tem histórico familiar e mais de 50 anos de idade, por exemplo. Ela consiste no acompanhamento médico e na realização da videocolonoscopia, que visa encontrar com antecedência um pólipo adenomatoso, tipo de pólipo que pode virar câncer, e até mesmo um carcinoma em estágio inicial.

Caso um pólipo seja encontrado, ele é retirado antes que possa se tornar maligno, ou seja, um câncer de fato. Se encontrado já um câncer, em fase inicial ou não, o tratamento geralmente inclui cirurgia para sua retirada e a utilização da radioterapia para evitar que as células mutadas voltem a crescer na região.