O Centro Integrado de Operações (Ciop),
um dos seis organismos que compõem o sistema de segurança pública do Estado,
divulgou o balanço de ocorrências atendidas pelo Call Center 190 e detectadas
pelo serviço de videomonitoramento na Região Metropolitana de Belém em 2016.
Todos os registros foram encaminhados aos órgãos competentes e garantiram
pronta resposta à população.
“Recebemos, via 190, quase três milhões
de ligações, que representam uma média de oito mil chamadas por dia. Deste
total, cerca de dois milhões e meio de chamadas foram acolhidas pelo nosso
sistema, porém quase 500 mil foram abandonadas”, explica o diretor do Ciop,
coronel PM Heyder Calderaro Martins, que avalia positivamente os dados.
“Acreditamos que o Ciop cumpriu satisfatoriamente a sua missão de intermediar a
comunicação entre o cidadão e o sistema de segurança pública, bem como de
solicitar o despacho de guarnições para atendimento das ocorrências. Prova
disso são os números registrados em nosso sistema, que demonstram a intensa atuação
do aparelho de segurança pública na RMB.
O diretor chama a atenção para um dado
que ainda preocupa as autoridades: do total de chamadas recebidas pelo Ciop no
ano passado, 33% constituem os chamados trotes. Apesar de ter sido um número
inferior aos registrados nos últimos três anos – as falsas chamadas somaram 42%
em 2014, 35% em 2015 e 33% em 2016 – esses registros são considerados altos. “O
Ciop registrou aproximadamente 70 mil trotes por mês, um número alto que,
embora já tenha diminuído consideravelmente nos últimos anos, ainda causa
muitos prejuízos. Nossa meta é reduzir ainda mais esse índice, por isso
avaliamos as ligações falsas e encaminhamos para os devidos procedimentos
legais. Também pedimos a conscientização da sociedade quanto a essa prática”,
salienta o coronel Calderaro.
Os prejuízos dos trotes são
principalmente de ordem social. De acordo com o diretor do Ciop, as ligações
falsas para o 190 causam diversos prejuízos à sociedade, como perda de tempo no
serviço dos atendentes e desperdício de recursos com o deslocamento de viaturas
e equipes para o atendimento de uma ocorrência inexistente. “Porém, o lado mais
cruel dessa prática está na perda social: enquanto estamos tentando atender uma
falsa ocorrência, uma pessoa que realmente necessita de auxílio deixa de
recebê-lo no tempo certo e isso pode até custar o preço de uma vida. A demora
no atendimento devido a um trote representa um tempo precioso para quem depende
de um socorro imediato”, esclarece.
Poluição sonora lidera reclamações pelo Call
Center
Entre as ocorrências geradas via 190 na
região metropolitana, as denúncias de poluição sonora continuam no topo do
ranking. Já o índice de consumo de drogas saiu da lista das dez principais
ocorrências, o que reflete a atuação permanente e integrada das forças de
segurança pública.
Confira o ranking das principais
ocorrências comunicadas ao Ciop na RMB em 2016:
1) Poluição sonora: 54.362 (21,71%)
2) Atitude suspeita: 26.562 (10,61%)
3) Roubo: 23.031 (9,20%)
4) Ameaça: 17.092 (6,83%)
5) Ocorrências com veículos: 14.543
(5,81%)
6) Lesão corporal: 12.448 (4,97%)
7) Perturbação da paz pública: 11.607
(4,64%)
8) Brigas: 10.987 (4,39%)
9) Incêndios: 7.915 (3,16%)
10) Levantamento em local de trânsito:
7.264 (2,90%)
Videomonitoramento
Atualmente, o Ciop monitora 190 câmeras
de segurança pública distribuídas em vários pontos da RMB – incluindo os
municípios de Ananindeua, Santa Bárbara e Marituba, além dos distritos de
Icoaraci, Mosqueiro e Outeiro -, sendo que somente em Belém elas estão
espalhadas por 28 bairros.
O videomonitoramento é feito também no
interior do Pará, com 100 câmeras distribuídas nos municípios de Castanhal
(15), Capanema (05), Santarém (20), Salinópolis (10) e Altamira (50),
administradas pelos núcleos regionais, sob a supervisão do Ciop.
As principais ocorrências flagradas pelo
videomonitoramento no ano passado foram:
1) Acidentes de trânsito: 18,87%
2) Roubos/assaltos: 11,32%
3) Obstrução de vias: 9,43%
4) Consumo de drogas: 8,49%
5) Abordagem policial: 7,54%
6) Situação suspeita: 6,60%
7) Tráfico de drogas: 5,66%
8) Atropelamentos: 4,71%
9) Homicídios: 4,71%
10) Incêndios: 3,77%