![]() |
Jadson Araújo é acusado de criar perfis falsos no Facebook para aplicar o golpe da venda de veículos. Ele foi preso em Itatim, na Bahia. |
A Polícia Civil apresentou, nesta
segunda-feira, 20, informações sobre a prisão do baiano Jadson Loureno Araújo
da Fonseca, de apelido "Sarney", que foi preso na quinta-feira
passada, em Itatim, a 210 quilômetros de Salvador, na Bahia. A prisão foi
realizada por policiais civis da Delegacia do Consumidor (Decon), vinculada à
Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe) da Polícia Civil do Pará.
Ele é acusado de criar perfis
falsos na rede social Facebook usando o nome do deputado federal e delegado de
Polícia paraense, Eder Mauro, para aplicar o golpe da venda de veículos. A
investigação que resultou na prisão de Jadson foi presidida pela delegada Vera
Batista, titular da Decon, a partir de boletim de ocorrência registrado por uma
vítima do golpe. Segundo a delegada, Jadson foi preso na Operação denominada
"Loki".
Durante as investigações ficou
comprovado que ele utilizava perfis falsos com objetivo de dar credibilidade ao
suposto negócio. “Ele ainda utilizava telefone com código de área de DDD 91
para fazer anúncios de veículos nas redes sociais, com preços abaixo do mercado
e explicava às vítimas que se tratava de veículos apreendidos pelo Detran do
Distrito Federal e que fazia a entrega em qualquer lugar do Brasil",
detalha Vera Batista.
As investigações mostraram que a
maioria das vítimas do golpe está no Pará. Após convencer as pessoas a
depositarem parte do valor em uma conta bancária, Jadson cortava contato com
elas. Além de veículos, o golpe se estendia a oferecimento de bolsas de estudo.
Ao todo, o crime teria rendido ao acusado, apenas no Pará, cerca de R$ 150 mil.
O mandado de prisão foi expedido
pela Justiça paraense e o acusado foi transferido para Belém, no final de
semana, para ficar preso à disposição do Poder Judiciário. Outras vítimas ainda
devem comparecer à Dioe para registrar boletim de ocorrência e, assim, novos
inquéritos serão instaurados para responsabilizar criminalmente o preso.
O deputado federal Eder Mauro,
que acompanha as investigações, esclarece que suas redes sociais oficiais são
usadas unicamente para divulgar prestações de contas das ações realizadas em
seu mandato como parlamentar em Brasília.