O Brasil deve exportar 72,9 milhões de
toneladas de soja e 24 milhões de toneladas de milho da safra 2016/17. Desse
total, 23,8% da produção sairão pelos portos do Arco Norte, de acordo com
estudo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O contínuo crescimento
dos portos do sistema do Arco Norte no país faz com que os investimentos na
região aumentem.
Ciente da importância da região para a
exportação brasileira, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(DNIT) investirá R$ 2,2 bilhões em obras de restauração e manutenção das BRs
158, 163 e 364. É por essas rodovias federais, nos estados do Mato Grosso, Pará
e Rondônia, que a produção passa para ser escoada por aqueles portos.
O sistema Arco Norte, caminhos compostos
de trechos das três rodovias, é formado por diversos corredores multimodais que
asseguram a acessibilidade da produção agrícola aos seguintes portos:
Itacoatiara, no Amazonas; Santarém, Barcarena e Vila do Conde, no Pará; São
Luís, disposto no Maranhão; e Santana, no Amapá. As plataformas portuárias de
apoio e suporte operacional disponíveis nos corredores multimodais são: Porto
Velho, em Rondônia; e Miritituba, localizada no Pará.
“O DNIT está atuando na consolidação dos
corredores de escoamento de produção pelo Arco Norte”, ressaltou o diretor de
Infraestrutura Rodoviária, Luiz Antônio Ehret Garcia. Para isso, o órgão está
atualmente com 11 projetos em licitação, que vão abranger um total de
aproximadamente 1.900 quilômetros e terão investimento de mais de R$ 1,4
bilhão.
Além disso, a Autarquia possui, ainda,
nove projetos aptos a serem licitados nas mesmas rodovias e outros em
elaboração. Assim, quando forem contratados, outros 993 quilômetros destas
rodovias serão recuperados. No total, os projetos em licitação, aptos a licitar
e em elaboração, recuperarão 3.409 mil quilômetros com o investimento total
estimado em mais de R$2,2 bilhões.
A melhora na trafegabilidade da via
favorecerá diretamente o produtor. “Quanto melhor for a infraestrutura, menor
será o custo do frete. Com isso, o agricultor vai aumentar sua rentabilidade e,
consequentemente, a produção”, explicou o Diretor-executivo do Movimento
Pró-Logística, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso
(Aprosoja), Edeon Vaz Ferreira.
O impacto do escoamento na região é
tamanho que na safra de 2014/2015, por exemplo, mais de 16 milhões de toneladas
de milho e soja foram exportadas pelo Arco Norte. Desse valor, 7,2 milhões
saíram pelo Porto de Itaqui, no Maranhão.
BR-158/MT e BR-158/PA - A rodovia
atravessa o país de norte a sul cortando os estados do Pará, Mato Grosso,
Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do
Sul. É um importante corredor de escoamento de soja para os terminais
logísticos instalados no Pará e Tocantins. Para melhorar a trafegabilidade, o
DNIT lançou edital de licitação para elaboração dos projetos básico e executivo
de engenharia, execução das obras de restauração da pista, implantação de
acostamentos e recuperação/restauração de seis pontes no trecho da BR-158/PA
localizado desde a divisa com Mato Grosso até Redenção. As propostas serão
abertas no próximo dia 8.
BR-163/ PA e BR-163/MT - A BR- 163
possui 3.477,7 quilômetros de extensão e passa pelos estados do Pará, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No
Pará, o trecho localizado entre Santa Luzia e Bela Vista do Caracol está com
previsão de ter 60 km asfaltados ainda esse ano e mais 40 km no próximo ano.
Ainda esse mês, um edital de licitação
será publicado para contratar empresas visando a recuperação/manutenção das
pistas de rolamento e dos acostamentos da rodovia BR-163/MT. A extensão total
será de 221,82 km.
Atualmente, a BR-163 está 88%
pavimentada e é por ela que passam cargas de soja e milho para serem
descarregadas. “O grande objetivo da BR-163 é realizar o transporte de grãos
para os portos de Miritituba e Santarém”, assinalou o Superintendente Regional
do DNIT no Pará, João Cláudio Cordeiro da Silva Júnior.
Além dos ganhos na trafegabilidade de
produção, João Cláudio lembrou que o benefício de uma via pavimentada se
estende para a população que mora no entorno da rodovia. “Algumas comunidades
próximas da rodovia estão crescendo por causa do transporte de grãos. As
carretas passam pelos locais e param lá para o motorista comer e dormir”,
concluiu.
BR-364/MT e BR-364/RO - Construída nos
anos 1960, a BR-364 surgiu para facilitar a trafegabilidade a Porto Velho por
via rodoviária. Antes da estrada, só era possível chegar à cidade por meio de
trem e balsa. O traçado é diagonal e cruza os estados de São Paulo, Goiás, Mato
Grosso, Rondônia e Acre.
No início do mês, o DNIT abriu uma
licitação para serviços de manutenção (conservação/recuperação) do pavimento
das pistas de rolamento e dos acostamentos, bem como a conservação rotineira
dos elementos constituintes da faixa de domínio da rodovia na BR- 364. Os
trechos são: Entr. BR-174(A) (Div. MT/RO) - Div. RO/AC. A extensão total será
de 135,40 Km.
Melhorias - Os projetos fazem parte do
Programa de Recuperação e Manutenção Rodoviária (CREMA), que são contratos com
o objetivo de recuperar e manter as condições funcionais das rodovias federais
durante o período de vigência do contrato, que pode ser de três a cinco anos.
Na primeira fase, o ganhador da licitação deve recuperar sua capacidade de
trafegabilidade em todo o trecho da rodovia executando serviços de recuperação,
como a manutenção da via e faixa de domínio e, na segunda fase, deve fazer
apenas a manutenção do trecho licitado até o final de sua vigência contratual.
Fonte: ASCOM/DNIT
Assessoria de Comunicação
Ministério dos Transportes, Portos e
Aviação Civil