Para celebrar o Dia das Mães, a
Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) vai promover nesta sexta-feira e sábado, a campanha “Mãe é amor, mãe é doação. Doe vida, doe
sangue”. Às mulheres que comparecem ao hemocentro coordenador, no bairro de
Batista Campos, para doar sangue ou se inscrever no Registro de Doadores de
Medula Óssea (Redome), serão ofertados uma série de serviços de beleza e saúde.
Em parceria com várias entidades,
a Fundação vai oferecer palestras de orientação à saúde e serviços de beleza,
como limpeza facial, massagem, designer de sobrancelhas e cortes de cabelo,
além de entrega de brindes, sorteio de prêmios e apresentação do Coral do
Hemopa. Também haverá arrecadação de vidros para o Banco de Leite da Santa Casa
e de livros para a campanha “Leia. Mude sua história”.
A campanha do Dia das Mães faz
parte de ações de estímulo à doação de sangue entre as mulheres. A gerente de
captação de doadores do Hemopa, Juciara Farias, explica que quase metade da
população paraense é formada por mulheres, mas apenas 32% dos doadores do
hemocentro são do sexo feminino. “Nós queremos mudar isso. A mãe, pela própria
natureza, é doadora. Doa vida ao filho e também pode doar sangue”, enfatiza.
A gerente esclarece que os únicos
impedimentos existentes à doação entre as mães são a gravidez e a amamentação.
“Mesmo assim, apostamos na participação mais efetiva desse segmento. Nosso
apelo é para que elas continuem celebrando vida ao doar sangue”, afirma
Juciara, que estima a participação de 250 mulheres nos dois dias de
programação.
A administradora Daniele Netto é
mãe de um menino de dois anos e planeja aumentar a família em breve. Neste mês
de maio ela doou sangue pela primeira vez, estimulada pela empresa na qual
trabalha, e garante que não será a última. “Acho que muitas mulheres têm medo
de doar sangue. Mas eu digo: venham porque é muito tranquilo”, relata.
"Muitas mães sofrem porque seus filhos estão doentes precisando de sangue
e nós podemos ajudar”, reforça.
É o caso da dona de casa Maria
Madalena Calandrini. O filho mais velho, de 8 anos, é portador da aplasia
medular, doença caracterizada pela alteração no funcionamento da medula óssea,
que não consegue produzir de forma satisfatória as células do sangue (hemácias,
plaquetas e leucócitos). O menino faz
transfusão sanguínea uma vez por semana. “Não conhecia a importância da doação
de sangue. Só descobri quando meu filho passou a precisar disso”, relata a mãe.
Devido à enfermidade, Isaac já
teve dois acidentes vasculares cerebrais e precisa de um transplante de medula
óssea para ficar curado. Ele está na fila de espera há três anos. Por isso,
Maria Madalena faz um apelo para que as pessoas não apenas doem sangue, mas
também façam o cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea. “Como
qualquer mãe, quando vejo que não tem sangue disponível bate um desespero,
porque meu filho precisa dele para sobreviver. E não só ele, muitas outras
crianças precisam”.
Serviço: Campanha “Mãe é amor,
mãe é doação. Doe vida, doe sangue”. Dias 12 e 13 de maio no Hemopa (Travessa
Padre Eutíquio, 2109, bairro de Batista Campos). Funcionamento: de segunda à
sexta-feira, das 7h30 as 18h, e no sábado, de 7h30 a 17h.
Doadores: Para ser um doador de
sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos (menores devem estar acompanhados do
responsável legal), ter mais de 50 kg, estar bem de saúde e portar documento de
identificação original e com foto. As mulheres podem doar a cada três meses.