A Polícia Civil prendeu na manhã
desta quarta-feira, 7, quatro pessoas acusadas de fraudes na Secretaria de
Estado de Educação (Seduc): uma empresária e três servidores do órgão. A
quadrilha já estava sendo investigada, desde o ano passado, depois de apuradas,
pela própria secretaria, denúncias de irregularidades na compra de produtos de
papelaria. Com a descoberta pela Seduc da tentativa de golpe, a compra acabou
não sendo consumada.
Os três servidores - que estão
respondendo a processo administrativo na Seduc - manipularam a compra de
produtos de expediente e de uso pedagógico, que seriam distribuídos às escolas,
simulando a entrega dos produtos com documentos falsos. A ação fraudulenta foi
apurada pela Ouvidoria da Seduc e as informações repassadas à Polícia, que
abriu um inquérito, culminando com as prisões na manhã desta quarta.
Foram presos: Gleyciane
Nascimento da Gama, empresária; Norma Coeli Miranda de Almeida de Moura,
diretora da Unidade Regional e Educação (URE) de Castanhal; Luis Miguel Galvão
Queiroz, ex-assessor da Seduc e Sônia Maria de Souza, chefe do almoxarifado da
secretaria.
Os acusados articularam com a
empresária o pagamento de faturas, mediante notas fiscais falsas, da venda dos
produtos adquiridos pela secretaria, que não eram entregues ao almoxarifado. “A
Seduc tem sido diligente na apuração de fatos dessa natureza para sanear a
administração do órgão; Processos Administrativos têm sido abertos para
investigar desvios que implicam prejuízos aos cofres públicos à administração
escolar”, diz a ouvidora da Seduc, Patrícia Miralha.
As investigações foram conduzidas
pela Delegacia de Repressão a Defraudações Públicas, vinculada à Delegacia de
Repressão ao Crime Organizado (DRCO), e o inquérito foi presidido pelo delegado
Carlos Eduardo Vieira. A polícia constatou que a fraude envolvia valor superior
a 600 mil reais.