Escola de Samba “Rancho Não Posso Me Amofiná” é declarada Patrimônio Cultural do Pará



O mais recente Patrimônio Cultural do Pará está no pé do sambista e no bairro do Jurunas. Na Sessão Ordinária, os deputados aprovaram por unanimidade, em Redação Final, o Projeto de Lei 386/2015, que reconhece e declara a Escola de Samba “Rancho Não Posso Me Amofiná”, como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Pará. A proposição é de autoria do deputado Fernando Coimbra e tem por objetivo valorizar a memória e a história das manifestações culturais da agremiação que nasceu no bairro do Jurunas, em Belém do Pará. O Grêmio Recreativo Jurunense Rancho Não Posso Me Amofiná é uma das mais tradicionais escolas de samba da cidade. Atualmente está no Grupo 1, que equivale à primeira divisão do Carnaval de Belém.

Totalizando 27 títulos do Carnaval. O Rancho Não Posso me Amofiná foi destaque no carnaval belenense enquanto primeira escola samba a existir e a trazer elementos que transformaram e enriqueceram o carnaval na capital do estado. Dentre esses elementos podemos assinalar a produção de sambas próprios na condução da escola. Até o surgimento da escola, poucos blocos carnavalescos produziam um samba específico para os dias de folia. Apenas os cordões entoavam suas canções nos vários bairros onde existiam, sendo parte desses subsídios incorporados ao samba.

“Ao declararmos o evento como patrimônio cultural e imaterial do Pará, estamos valorizando e preservando a história e memória de um povo, que suas raízes, a partir das manifestações culturais”, destacou, o deputado Fernando Coimbra, autor do projeto. “A trajetória foi de muita luta e busca pelo reconhecimento, chegando até os dias atuais como a mais antiga escola de samba de Belém e a quarta do Brasil. Nós orgulhamos muito disso”, diz Fernando Guga, presidente do Rancho. Patrimônio cultural imaterial é uma concepção que abrange as expressões culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preserva em homenagem a sua ancestralidade, para as gerações futuras. Isso assegura o reconhecimento das origens e a formação do que se denomina de identidade.




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