Classificada entre
as seis endemias prioritárias
no mundo segundo o Ministério
da Saúde, acometendo principalmente cães - considerado principal reservatório
da doença -, gatos, mamíferos silvestres e humanos, a Leishmaniose é
desconhecida por muitas pessoas. Os números da doença – segundo o Ministério da
Saúde – revelam o impacto dela no Brasil: 90% dos casos da Leishmaniose
Visceral Canina na América Latina acontecem no país e, entre os anos de 2009 e
2013, 18 mil ocorrências foram confirmadas em humanos.
A transmissão da
Leishmaniose Visceral Canina ocorre pela picada de flebótomo do gênero Lutzomyia spp, conhecido como “mosquito-palha”. Apenas as fêmeas são
capazes de transmitir a doença. Até então, cães acometidos pela doença eram
submetidos à eutanásia, pois são hospedeiros do vetor. É uma doença que leva ao
óbito em até 90% dos casos não tratados.
Agora, os Ministérios da Agricultura e da
Saúde aprovaram a comercialização no
Brasil de um medicamento para tratamento da Leishmaniose Visceral Canina: o MilteforanTM,
desenvolvido pela Virbac - maior companhia farmacêutica independente dedicada
exclusivamente à saúde animal -, que já está disponível no mercado.
Para explicar o
assunto, a veterinária e gerente técnica da Virbac, Fabiana Zerbini, esclarece
alguns mitos e verdades. Confira:
A medicação
Milteforan foi aprovada para tratamento da doença nos cães?
Verdade. Milteforan é o único medicamento para tratamento da Leishmaniose
Visceral Canina (LVC), ou seja, de uso exclusivo
para cães, eregistrado para este fim no Ministério da
Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Vale ressaltar que
a Portaria Interministerial Nº 1.426, proíbe o tratamento da LVC com produtos de uso humano ou não
registrados no MAPA, o que
não é o caso de Milteforan.
Com o uso do
Milteforan o cão estará curado da doença?
Mito. Com o uso do Milteforan, o cão poderá obter a cura clínica e
epidemiológica. Porém, apesar de reduzir significativamente a quantidade de
parasitas e o cão deixa de ser transmissor da doença, a Leishmania permanecerá
em seu organismo. Por esse motivo é muito importante o acompanhamento e
monitoramento para toda a vida do animal, que deve ser realizada por um médico
veterinário com exames clínicos e laboratoriais; além da repetição do
tratamento, a fim de manter os níveis baixos da quantidade de parasitas.
O tratamento foi
aprovado, mas ainda existem veterinários e profissionais que indicam a
eutanásia?
Verdade. A doença existe no
Brasil há muitos anos e o recomendado, até então, levando em consideração que
não existia nenhum medicamento aprovado para o tratamento da LVC no Brasil, era
a eutanásia. Como o tratamento foi aprovado há pouco tempo, muitos
profissionais ainda não tem conhecimento desta informação e indicam a opção que
estão acostumados. Muitos também acabam por não indicar o Milteforan por não
conhecerem o produto. A Virbac vem realizando uma série de ações interativas
para que todos possam saber desse grande feito na medicina veterinária que é a
aprovação e legalização do tratamento no Brasil.
Além disso, o
tratamento com Milteforan não é uma medida de saúde pública para controle da
doença. É um tratamento que deve ser realizado pelo tutor do cão, que se
compromete com todos os custos envolvidos na doença, desde consultas no médico
veterinário, exames diagnósticos, acompanhamento e o próprio tratamento em si.
Por conta disso, a eutanásia continua sendo a principal medida de controle da
saúde pública.
A única medida
eficiente para controle da doença é o tratamento dos cães doentes?
Mito. O tratamento dos cães é apenas uma dentro de um conjunto de
outras medidas necessárias para a prevenção. Além da existência de vacina para
prevenção, a medida mais eficiente continua sendo o combate ao mosquito, impedindo-o
de se multiplicar e de picar animais e humanos através da utilização de
repelentes, assim com o controle ambiental dos locais onde eles se proliferam
(frutas em decomposição, material orgânico, folhas que caem das árvores).
Posso pegar a
doença através do contato físico com o cão que possui a doença?
Mito. A Leishmaniose Visceral Canina não é transmitida por mordida,
arranhão, lambedura, urina ou fezes. A doença é transmitida através da picada
do mosquito infectado.
Sobre a Virbac
Fundada na França
em 1968 pelo médico veterinário Dr. Pierre Richard Dick, a Virbac ocupa hoje a
8ª posição no ranking mundial das companhias farmacêuticas veterinárias.
Transformou-se em marca de referência no mercado veterinário mundial, graças a
uma grande linha de produtos biológicos e farmacêuticos que previnem e combatem
as principais patologias dos animais domésticos e de criação, com destaque para
a linha de produtos dermatológicos, líderes de venda mundial. A Virbac está
presente em mais de 100 países com produtos e serviços que trazem juntos,
qualidade, eficácia e facilidade de utilização a todos aqueles envolvidos no
cuidado animal. Site:www.virbac.com.br