Municípios do Marajó (PA) buscam a gestão do turismo e da cultura. FADESP apresenta ferramentas.



Prefeituras do Marajó, no Pará, participaram de treinamento realizado na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) para desenvolver o turismo. A FADESP esteve presente para apresentar ferramentas que podem auxiliar os gestores a planejarem os investimentos e utilizarem a experiência acumulada por instituições como a Universidade Federal do Pará (UFPA).

O treinamento foi realizado no período de 31 de maio a 02 de junho, na sede da SUDAM, em Belém, com apoio da Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (AMAM). Entre os municípios marajoaras que tiveram secretários e técnicos presentes estão Portel, Curralinho, Chaves, Gurupá e Cachoeira do Piriá.

A programação incluiu palestras sobre a importância do investimento em turismo e cultura, além de curso sobre como o município pode utilizar o Sistema de Convênios (Siconv) do governo federal para se candidatar aos recursos públicos federais disponibilizados através dessa plataforma.

O cientista social e consultor em Gestão Cultural da FADESP, Delson Cruz, destacou que a cultura e o turismo são importantes meios para o desenvolvimento humano e sustentável. Por isso, é importante que os municípios façam a adesão ao Sistema Nacional de Cultura (SNC), utilizem essa ferramenta de gestão e incluam as previsões de investimentos nas leis orçamentárias.

O coordenador geral de Planejamento da SUDAM, Flávio Blanco, observou que o uso correto de outra plataforma, o Siconv, ajudará os municípios a agirem ativamente na busca de recursos disponibilizados nacionalmente para os órgãos públicos que apresentarem projetos de execução.

A gerente de Negócios da FADESP, Socorro Souza, explicou que a Fundação dispõe de conhecimento técnico para auxiliar na elaboração de projetos. Tem também experiência na capacitação de servidores e, como apoiadora da UFPA, UNIFESSPA, Museu Paraense Emílio Goeldi, pode fazer a conexão entre a prefeitura e o conhecimento produzido por essas instituições.

Segundo o representante do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Ciro Lins, os municípios precisam ter amparo técnico para não desperdiçarem recursos com ações que serão suspensas porque contrariam as normas legais de preservação e proteção dos bens culturais e patrimoniais. Ele citou o caso de obras realizadas em áreas que abrigam sítios arqueológicos. "Remover ou destruir sítio arqueológico é crime", advertiu.