Membros do Fórum Paraense pela
Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalho Adolescente, que é
coordenado pela Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e
Renda (Seaster), se reuniram na manhã desta quinta-feira, 29, na sede da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB), em Belém, para apresentar os dados mais recentes
sobre o trabalho infantil no Pará e avaliar as ações realizadas até então com o
objetivo de erradicar a prática no estado.
De acordo com a pesquisa, no
comparativo entre os anos de 2014 e 2015, houve redução na prática de 14,35% na
faixa etária que compreende a população residente no Pará entre 5 e 17 anos.
Esse percentual corresponde a mais de 55 mil indivíduos que saíram dessa
condição. Se for levada em consideração apenas a faixa etária de 5 a 14 anos,
que compreende apenas crianças, a redução foi ainda mais significativa,
chegando próximo dos 40%.
Os dados, divulgados pelo
Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese)
este mês, foram apresentados pelo secretário adjunto de Trabalho, Emprego e
Renda, Everson Costa. “Em números absolutos, o Pará sempre estará à frente dos
outros estados do Norte, porque é o mais populoso, mas é preciso analisar os
dados com cuidado. Proporcionalmente, o Pará não é o campeão de trabalho
infantil na região, no entanto, sabemos que o propósito do Fórum é zerar esses
índices, por isso é importante olhar as práticas que estão dando certo para
replicar e reforçar”, afirmou.
A titular da Seaster, Ana Cunha,
falou da importância do trabalho articulado entre as entidades para o sucesso
da política de erradicação do trabalho infantil no Estado. “É muito importante
que pensemos não de maneira individual, mas articulada, entre as instituições
que compõem o Estado, para que a erradicação do trabalho infantil não apenas
aconteça, mas se firme. Por isso a secretaria apoia iniciativas como o Pará
Social e o Pará 2030, que envolvem todo o aparato do Estado em prol de um bem
maior, porque também estamos combatendo o trabalho infantil quando garantimos
que o pai de família tenha emprego e renda, por exemplo”, argumentou a
secretária.
Ao citar como exemplo o I
Concurso de Produção Artística de Combate ao Trabalho Infantil, organizado pelo
Fórum no último dia 12 de junho – Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil –
a coordenadora de Proteção Social Especial de Média Complexidade da Seaster,
Norma Barbosa, ressaltou a importância da dedicação dos servidores. “Quando
apresentamos os resultados, temos que olhar para as pessoas que fazem tudo isso
acontecer. A premiação do dia 12 de junho foi um trabalho de pessoas que se
doaram. Em nome do Fórum e da Seaster, quero agradecer essas pessoas. Quando
acreditamos em uma coisa, temos que ir além”, pontuou.