Seduc apresenta ações do Pacto pela Educação à missão do BID


Governador Simão Jatene recebe uma missão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) Foto: Thiago Gomes

O Governo do Pará recebe nesta segunda-feira, 26, uma missão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que está em Belém desde este domingo, 25, para conhecer o desempenho do Programa da Expansão e Melhoria da Qualidade da Educação Básica do Pará, financiado pelo banco, que a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) está executando.

Doze diretores, um observador e três técnicos brasileiros do banco participarão de um evento na Escola General Gurjão, na Cidade Velha, onde a secretária de Educação, Ana Cláudia Serruya Hage, e o coordenador do programa, Paulo Machado, farão uma exposição das ações do governo estadual na educação. Antes da exposição, os visitantes serão saudados com apresentação de danças folclóricas e de canto coral por alunos das escolas “Ruy Paranatinga” e “D. Pedro II”.

O Programa da Expansão e Melhoria da Qualidade da Educação Básica dá concretude ao Pacto pela Educação – a estratégia liderada pelo governador Simão Jatene que integra órgãos públicos estaduais e municipais, instituições civis e empresas visando mudar os indicadores da educação paraense.

Programas avançam

O objetivo da missão do BID é tomar conhecimento do andamento do programa executado pela Seduc. Os dados do relatório de desempenho apresentado pela Seduc vão demonstrar como está se desenvolvendo um pacote de iniciativas gerenciais, pedagógicas, de formação e qualificação de educadores e de melhoria da rede de escolas.

Estão sendo investidos nesse programa 351 milhões de dólares, sendo 57,3% financiados pelo BID (200 milhões e 800 mil dólares) e 42,7% do Governo do Estado (150 milhões de dólares). O contratato com o banco foi assinado em dezembro de 2013.

Os contratos nos setores de melhoria da rede física escolar (projetos em andamento e em licitação); ampliação do ensino; qualificação de educadores; melhoria da gestão e aquisição de recursos tecnológicos já comprometeram 35% dos recursos financiados pelo BID, no valor de quase 201 milhões de dólares.

Com a governança em novo ritmo, o Pacto pela Educação avança com a viabilização dos projetos. O relatório que a Seduc apresentará aos diretores do BID sinaliza que o governo caminha com segurança para concretizar a meta de melhoria da qualidade do ensino.

Os recursos estão sendo investidos em três grandes eixos: o primeiro é chamado de “Expansão da Cobertura e Melhoria da Infraestrutura”, que prevê investimentos em obras e na implantação de um novo modelo de ensino Médio, chamado de “Sistema Educacional Interativo” (SEI).

Obras vão beneficiar 54 municípios

Estão em execução atualmente 17 obras, e mais 13 estão sendo contratadas. Os dois pacotes beneficiam 19 municípios: Bragança, Benevides, Ananindeua, Conceição do Araguaia, Inhangapi, Maracanã, Pau D’Arco, Salinópolis, Salvaterra, Santarém Novo, São Miguel do Guamá e Uruará, Cametá, Castanhal, Limoeiro do Ajuru, Acará, Abaetetuba, Terra Santa e Belém.

Trata-se de um investimento de R$ 56,8 milhões (incluído o valor da reforma da sede da Seduc) - parte inicial de um plano de 88 projetos que beneficiarão 54 municípios. As obras estão previstas para serem concluídas entre 2018 e 2019. Além das obras, integra esse eixo o Sistema Educacional Interativo.

SEI  - expansão do Ensino Médio com um novo modelo

Relevante nesse rol de realizações é o SEI, que está em fase de implantação bem avançada. Levará o Ensino Médio Regular a estudantes de 37 municípios residentes em lugares remotos; eles terão aulas via satélite e pela internet, com ajuda de tutor in loco, em 145 salas de aula interligadas a um centro de televisão em Belém. Essas salas de aula serão implantadas, na grande maioria, em localidades de difícil acesso. Com essa modalidade, a Seduc vai abrir mais 15,2 vagas no Ensino Médio Regular em todo o Estado.

Os equipamentos de transmissão e recepção de sinal de satélite e de internet, bem como a instalação do centro de mídia em Belém, já foram contratados. As aulas iniciarão no segundo semestre, de forma experimental. E, definitivamente, no ano letivo de 2018.

A “Melhoria da Progressão dos Estudantes, Conclusão e Qualidade da Educação Básica” é o terceiro eixo, cujos projetos estão em andamento: o “Mundiar” - em parceria com a Fundação Roberto Marinho é destinado à aceleração da aprendizagem; o “Aprender Mais” – atua na recuperação de conteúdo; “Jovem de Futuro” - com o apoio do Instituto Unibanco, trabalha na melhoria do desempenho da gestão escolar.

Outros projetos são: “Alfabetização”, abrigado no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic); “Formação de Habilidades Sociemocionais” (Escola de Tempo Integral) e contratação, formação inicial e treinamento de professores, além da implantação de um Centro de Formação (Cefor, já funcionando). O terceiro eixo é o “Programa de Gestão e Monitoramento da Rede Escolar e Avaliações”, que contempla um sistema de gestão e macroprocessamento; avaliação em larga escala e capacitação de gestores.

Empenho coletivo

Além dos recursos do BID, o governo do Estado investe no Programa da Expansão e Melhoria da Qualidade da Educação Básica, uma contrapartida de 150 milhões de dólares, basicamente no recondicionamento da rede de escolas, que tem mais de 800 estabelecimentos em todo o Estado.

Para cumprir os prazos, a Seduc está numa operação que envolve um grande número de servidores, empresas, organizações sociais, Institutos e fundações. “Não se conhece na história da Seduc momento como esse, de grande empenho para se mudar a qualidade do ensino. Estamos ampliando a rede, readequando escolas e equacionando deficiências de instalações; investindo na qualificação de educadores e gestores. São ações concretas, pertinentes ao atendimento das metas que precisamos alcançar”, diz a secretária de Educação, Ana Claudia Serruya Hage.

Destaca-se nesse novo cenário da Seduc, o “papel de servidores efetivamente compromissados com a mudança do padrão da educação paraense. E é assim que estamos dando passos seguros para se cumprir a meta do Pacto pela Educação, e fazendo a nossa parte para que o país tenha, até 2030, uma educação que efetivamente atenda a integralmente a população de crianças e jovens com qualidade e resultados transcendentais”, completa.

O Pará foi o segundo Estado que mais cresceu no ranking nacional do Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb) 2015. Resultado desse esforço, a Seduc já começa a colher dados positivos, por exemplo, também no índice de proficiência dos alunos em Língua Portuguesa e Matemática, que, pelo segundo ano consecutivo, cresceu em 2016.